Opinião
Luiz Zini Pires: festival de volantes de Felipão segura três pontos na Arena
Quem viu a partida, quase 100 minutos de ação, não gostou
Técnico gaúcho adora volante. Não sei quem gosta mais. Felipão, Celso Roth ou Mano Menezes. Com quatro deles em campo, solidários e atentos, porém nada criativos, o Grêmio, de Felipão, venceu o Figueirense na Arena, chegou aos 50 pontos e encostou no Inter na tabela. Mas a Dupla está fora do G-4.
Título? Nem no sonho. O único campo de batalha é o G-4.
O Grêmio venceu com um gol de pênalti, obra de Barcos, que chegou ao 28º gol na temporada. O lance foi esquisito, duvidoso. Nem no replay da TV é possível ter certeza da falta, se a bola bateu mesmo na mão. O juiz que erra hoje é o mesmo que acerta amanhã. É assim desde que o futebol é futebol, secular e apaixonante futebol.
Quem viu a partida, quase 100 minutos de ação, não gostou. O dono da Arena não atuou bem outra vez. Foi previsível e carente de força ofensiva, como em Goiás, no criticado 0 a 0 de sábado. Procurou e não achou talento e criatividade.
O mesmo time que defende bem, superprotegido, ataca com fragilidade. Os problemas são sempre os mesmos. O ativo e veloz Dudu não consegue armar, Luan não cria e Barcos vive isolado. Os alas não apoiam bem, os volantes não criam.
O Grêmio ganhou do combativo Figueirense. O técnico Argel reclamou do pênalti que deu a vitória aos gremistas, no primeiro tempo, e pediu outro ao seu favor, que não foi, o replay prova, já nos descontos.
O resultado valeu bem mais do que a atuação do coletivo. Mas não anima ninguém. Há vida no G-4, porém só com vitória. O próximo jogo é em Curitiba. Fora da Capital, a vida dos gremistas não está fácil.