Grêmio



Caso Aranha

Patrícia Moreira e outros envolvidos terão de ir à polícia em jogos do Grêmio por 10 meses

Determinação foi apresentada como condição para que o processo penal fosse suspenso

24/11/2014 - 10h18min

Atualizada em: 24/11/2014 - 10h18min


André Baibich
André Baibich
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Omar Freitas / Agência RBS
Torcedora chegou ao Foro com seu advogado

Patrícia Moreira e outros três envolvidos no "caso Aranha" terão de se apresentar à polícia em dias de jogos oficiais do Grêmio até o dia 29 de agosto de 2015. A determinação, acordada em audiência no Foro Central na manhã desta segunda, foi apresentada como condição para que o processo penal contra os quatro torcedores fosse suspenso.

O MP solicitou a suspensão condicional do processo ao oferecer a denúncia, e Patrícia Moreira, Rodrigo Rychter, Eder Braga e Fernando Ascal aceitaram as condições.

Com isso, permanecem monitorados pelo Poder Judiciário por dois anos: no caso de cometerem outro crime, o caso será reaberto. O mesmo acontecerá se descumprirem a ordem de comparecer à polícia no período determinado para que permaneçam longe das arquibancadas. 

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Na audiência, foi oferecida aos torcedores a alternativa de colocar uma tornozeleira eletrônica, o que eliminaria a necessidade de irem a uma DP, mas eles declinaram.

Os quatro torcedores já estão afastados dos jogos desde o dia 30 de outubro, quando uma medida cautelar ordenou que se apresentassem a uma delegacia em dias de partidas do Grêmio - dentro ou fora de casa. Os 10 meses da determinação contam a partir dessa data, completando-se ao final de agosto, um dia após o aniversário de um ano do incidente.

Patrícia Moreira apresentou-se para a audiência por volta das 9h40min, 20 minutos antes do horário marcado. Acompanhada do advogado e vestindo camisa, casaco e uma calça jeans, a torcedora manteve os óculos escuros no rosto mesmo dentro do Foro.

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Logo depois, Fernando Ascal chegou e aguardou do lado de fora da sala de audiências. Sentado e aparentando tranquilidade, foi cumprimentado pelo terceiro acusado a comparecer, Rodrigo Rychter.

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Foto: Omar Freitas/Agência RBS

Os dois conversaram brevemente antes de serem chamados, junto de seus advogados, pontualmente às 10h. Pouco mais de cinco minutos depois, Eder Braga foi o último a chegar.

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Ao final da audiência, Braga, Rychter e Ascal deixaram a sala e seguiram pelas rampas do Foro a caminho da saída, enquanto Patrícia saiu por outro lado, acompanhada de um segurança.

Para evitar que os envolvidos sejam alvo de uma exposição demasiada, ficou determinado que os desdobramentos correrão em segredo de Justiça.


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