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Entrevista

Tinga aponta os segredos do sucesso do Cruzeiro

Volante está na reta final da recuperação de uma fratura na tíbia e na fíbula da perna direita

17/11/2014 - 20h30min

Atualizada em: 17/11/2014 - 20h30min


Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
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Félix Zucco / Agencia RBS

Na reta final da recuperação de uma fratura na tíbia e na fíbula da perna direita, sofrida em agosto, o gaúcho Tinga conta as horas para colocar a faixa de bicampeão Brasileiro pelo Cruzeiro. Fatores como a correta escolha de grupo e pagamentos em dia são apontados pelo volante como alguns dos segredos do sucesso do adversário do Grêmio quinta-feira, na Arena.

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O empate é um bom negócio aos mineiros, que podem garantir o título no final de semana se vencerem o Goiás no Mineirão e o São Paulo, no máximo, empatar com o Santos.

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Confira a entrevista com Tinga.

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Qual o segredo do Cruzeiro?
Não há um segredo só. Se existisse uma fórmula só, qualquer um poderia ser campeão. São muitos fatores.

Poderia especificar alguns?
A diretoria cumpre o planejado, não muda conforme a circunstância ou pressão da torcida e imprensa quando os resultados não acontecem.

Foi o que houve em 2013, quando o Cruzeiro perdeu a Copa do Brasil para o Flamengo e a direção manteve o técnico?
Eu já estava aqui. A pressão era só externa. A direção não tinha dúvida de que o trabalho tinha sido bom. Fico vendo daqui o Abel fazer um baita trabalho no Inter, estar sempre no G-4, e a toda hora ser questionado. Aqui, não é assim.

Os salários são pagos em dia?
Este é o principal segredo, a segurança financeira do jogador. É tudo na carteira. A cada três meses eu recebo o extrato do Fundo de Garantia. Somos funcionários, como os porteiros do clube. O desconto do imposto de renda é de 27%. Alguns clubes pagam só o salário e não pagam o direito de imagem. Aqui, é uma coisa só. O 13º salário e as férias estão garantidos. Por isso todo jogador quer vir correndo para cá.  

O Cruzeiro é o clube em que você mais teve segurança na carreira?
Tirando o Borussia (Dortmund, da Alemanha), com certeza.
 
Como é o trabalho do técnico Marcelo Oliveira?
É um treinador com muita vontade de trabalhar, que põe tudo no papel. Há toda uma preocupação da comissão técnica em detalhar o adversário que será enfrentado.

Como é feita a escolha do grupo de jogadores?
Parece que é o mais fácil, mas é o mais difícil. Pode haver time melhor do que o nosso, mas raramente um time ganha campeonato. O que ganha é o grupo. E posso afirmar, com certeza, que não tem grupo melhor do que o nosso. Nas quatro primeiras rodadas do Brasileirão, jogamos com quatro times diferentes. E já estávamos em segundo lugar.

Como um jogador famoso aceita ficar no banco?
Não é fácil. Antes de contratar, a direção observa não só a qualidade, mas o caráter. Pode perguntar se alguém quer sair daqui mesmo estando na reserva.

Por que a equipe foi mal na Libertadores?
Faltou concentração no início. Quando acordamos, já era o mata-mata. Aí, perdemos para o San Lorenzo (que acabou campeão). Mas temos time para jogar 10 vezes com eles e ganhar. Serviu como amadurecimento para o próximo ano. Com certeza o Cruzeiro será outro na Libertadores.

Quando você volta?
Se houvesse jogo até 20 de dezembro, eu já poderia jogar. Estou praticamente recuperado.

Já pensa em encerrar a carreira?
Meu contrato vai até 30 de abril. Então, quando voltar das férias, terei quatro meses para renovar. Se não der, sigo minha vida. Não vou passar vergonha me arrastando em campo. 

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