Paixão Tricolor
Coluna do Cacalo: Grêmio de Roger tem consistência coletiva
Reconhecidamente, o Grêmio não tem nenhum craque, daqueles capazes de decidir sozinho uma partida. Aliás, com exceção de Neymar, o futebol brasileiro também não possui nenhum jogador desse nível. No Grêmio, talvez Luan seja a honrosa exceção de projeto de craque, mas é muito jovem e tem muito a crescer profissionalmente.
No entanto, percebe-se que se trata de um atleta com características próprias de quem vai ser um grande jogador. E talvez esteja mais pronto do que outros que também prometem, como Wallace, Lincoln e Pedro Rocha. Esses ainda emergentes e com boa qualidade pessoal.
Partindo desse princípio e com humildade, o técnico Roger vem se esmerando em proporcionar ao seu time, com muito treinamento e conversa de vestiário, preparar não só a questão técnica, mas também o emocional. Um forte trabalho coletivo, que, no entendimento do próprio técnico, carrega consigo uma grande dose de consistência. Os resultados trazem o fortalecimento de conceitos aplicados no futebol do Grêmio.
Aproveitar as oportunidades
Mas não é só pelos resultados que se percebe o crescimento coletivo do time, mas pelas atuações consistentes, embora ainda haja oscilações dentro de uma própria partida. E ressurge aquela velha máxima: se o coletivo cresce, as individualidades começam a aparecer com mais frequência.
Não quero, longe disso, declarar que o Grêmio é candidato ao título, mas é óbvio que em comparação com os adversários o Tricolor vem aproveitando com mais solidez as oportunidades que estão aparecendo.