O Brasileirão, que não teve seus jogos suspensos em face da realização da Copa América, nos passa inequívoca demonstração da carência do nosso futebol no que diz respeito à qualidade e comando eficaz. Nem vou comentar sobre os desmandos, falcatruas e outros fatos que acontecem no comando diretivo da seleção e da CB. Desse, a Polícia e a Justiça de mais de um país estão tomando conta.

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Mas foi inegável que tudo isso refletiu no desempenho da Seleção Brasileira, na medida em que o técnico Dunga não teve respaldo, retaguarda ou alguém com poderes para decisões que fugiam da alçada do diretor-executivo Gilmar Rinaldi. Dentro de campo, foi o reflexo do que se via fora dele.

Não quero ser um defensor intransigente de Dunga. Mas não vou responsabilizá-lo isoladamente por tudo o que aconteceu. Há uma velha máxima do futebol de que ninguém ganha ou perde sozinho. Mas, ficando só na desorganização e nos desmandos, a nossa Seleção protagonizou uma campanha inaceitável. Principalmente depois de sabermos que o Paraguai, que nos mandou mais cedo para casa. levou uma sonora goleada de 6 a 1 dos hermanos argentinos. Um verdadeiro banho de bola.

Desinteresse

Apesar da flagrante desorganização, ainda assim, penso que a Seleção Brasileira deveria ter jogado melhor. A impressão que ficou, pelo menos para mim, foi de um total desinteresse pelas apresentações da equipe nacional. Falo de todos os setores a ela vinculados, inclusive os jogadores, que sempre pareceram cansados e desligados. Demonstraram que não tinham o menor interesse pela competição.

Caso sirva de lição e que os erros não se repitam, talvez esse castigo traga resultados ali adiante. Caso contrário, seguiremos perdendo.