Mais de uma vez, ainda no primeiro ano de funcionamento da Arena, em 2013, o ex-presidente Fábio Koff ressentia-se de que faltava ao estádio o espírito do hoje desativado Olímpico. Esse tempo parece ter ficado para trás, como demonstram os números da casa no Humaitá.

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Neste domingo, contra o São Paulo, o Grêmio tentará manter sua invencibilidade em casa neste Brasileirão. E poderá devolver a derrota do ano passado, em que o time do Morumbi venceu por 1 a 0, com gol do goleiro Rogério Ceni, que deve desfalcar a equipe do técnico Juan Carlos Osorio.

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Em 12 jogos na Arena no Brasileirão deste ano, o Grêmio exibe um aproveitamento de 83,3%. Em casa, ainda não sofreu nenhuma derrota. Ganhou nove vezes e empatou outras três. Dois terços dos 45 pontos obtidos na campanha, que faz o time brigar pelo título, foram obtidos em seus domínios.

- O Olímpico foi palco das conquistas históricas do Grêmio. Levar (isso) para a Arena não é tarefa difícil. Basta o torcedor emprestar o mesmo entusiasmo que emprestava para a equipe do Grêmio no Olímpico, e jogar junto - pediu Koff depois do primeiro clássico da Arena, em agosto de 2013.

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O apego ao estádio da Humaitá é comprovado pelos números. Confortável, conta com uma elevada média de público neste Brasileirão, de 27,7 mil torcedores, apesar das frequentes reclamações sobre dificuldades no acesso. Na sexta-feira, 22 mil ingressos já haviam sido vendidos para o jogo contra o São Paulo.

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A assiduidade ainda será maior quando a compra da gestão for concretizada, o que a direção estima para os próximos dias. Um novo plano de sócios já está pronto e facilitará a ocupação de alguns espaços que, hoje, não são os preferidos do torcedor.

- Passará a existir uma sensação de pertencimento à Arena que até então não existia - resume o vice-presidente Marcos Herrmann.

A mística da Arena também começa a ser demonstrada em Gre-Nais. As recentes goleadas (4 a 1 em 2014 e 5 a 0 neste ano) deixam claro que o fator local tem pesado mesmo contra um adversário da mesma cidade, cujos jogadores estão habituados ao ambiente local.

Ainda falta um título para que o estádio se consolide como pé quente. Duas das maiores glórias da história do clube, como a Libertadores de 1983 e o bi do Brasileirão, em 1996, tiveram o velho Olímpico como palco. Quando a primeira taça for erguida na Arena, a nova geração de torcedores do Grêmio poderá dizer que não falta mais nada ao estádio.

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