Recuperado
Geromel ficou cinco dias isolado em hotel antes de retornar ao Grêmio
Com caxumba, zagueiro ficou em quarentena para prevenir contágio
Recuperado de caxumba, Pedro Geromel está de volta. Liberado pelos médicos, o zagueiro retomou na sexta-feira os treinos no CT Luiz Carvalho e será o grande reforço de Roger Machado para encarar o Rosario Central, quinta-feira, na Argentina, no jogo que decidirá a vida do Grêmio na Libertadores.
O zagueiro foi afastado do grupo dia 21 de abril, data do primeiro jogo o Juventude. Para que as duas filhas pequenas não fossem contagiadas, Geromel teve de passar cinco dias de isolamento em um hotel da Capital. Voltou para casa na quarta-feira, dia 27. E só na sexta-feira pôde retomar o contato com os colegas de vestiário. Perdeu, ao todo, três partidas: as duas pela semifinal do Gauchão e a de ida, na Arena, contra o Rosario Central.
– Não é que o doente precise ficar em uma redoma de vidro, mas a precaução é fundamental – explica o médico Paulo Rabaldo.
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No primeiro dia, o zagueiro teve febre alta. Nos demais, conseguiu levar uma vida normal, sem que o apetite fosse muito afetado. Com isso, manteve o índice de massa muscular e diminuiu o temor dos preparadores físicos.
– O pior da caxumba é o isolamento, a impotência de ver os jogos pela TV. Hoje (sexta) fiz uma readaptação. Amanhã (sábado), estarei 100% para treinar com o grupo – diz o zagueiro.
Antes de Geromel, Luan, Ramiro e Henrique Almeida haviam contraído a doença. O quinto caso, anunciado quarta-feira, foi o goleiro Tiago Machowski. Preocupado com novas incidências, o Grêmio realiza um trabalho de sanitização das dependências do CT Luiz Carvalho. Como a doença é transmitida via oral, os jogadores são aconselhados a não dividir garrafas d'água.
– Em 34 anos de clube, nunca havíamos registrado doenças infectocontagiosas – informa Rabaldo.
Pai do zagueiro, Valdir Geromel surpreendeu-se quando soube que o filho havia adoecido. Conferiu a carteira de vacinação e constatou que, na infância, o zagueiro havia tomado a vacina tríplice viral, que inclui caxumba.
– Ficamos sabendo que, depois de 10 anos, é preciso tomar o reforço. Mas aí ele já estava fora do país – conta.
Junto com Eliane, a mulher, Valmir vem à Capital ao menos uma vez por mês. Sorri ao dizer que é muito menos pelos filhos e mais pelas duas netas, Lia e Lauren.
– Agora, elas é que são as majestades – declara-se.
Do filho, Valmir ouviu a garantia de que estará em campo dia 5, em Rosario. Com a promessa de que o comportamento da equipe, dessa vez, será outro.
– Ele me disse que o Grêmio vai pra cima dos caras. E, se derem bobeira, devolvem o resultado – conta.
Adaptado, Geromel também disse ao pai que pretende seguir morando em Porto Alegre mesmo depois de encerrada a carreira.
O Grêmio desconhece as origens do surto. A caxumba pode ter sido contraída dentro de um avião ou passada por alguém que tenha se aproximado do vestiário. De todo modo, o prejuízo foi grande. A torcida espera que, com a volta de Geromel, ainda seja possível avançar na Libertadores.
– É um resultado completamente reversível. A gente só precisa de uma vitória, 1 a 0 dá pênaltis, mas qualquer outra vitória, dá a gente. A gente ainda não desistiu – avisa o zagueiro.
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