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Decepção

Grêmio joga pouco e fica no empate sem gols com o Santa Cruz

Equipe do técnico Roger Machado não teve bom rendimento na Arena

04/08/2016 - 21h22min

Atualizada em: 04/08/2016 - 22h36min


Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
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Tropeçar diante dos pequenos virou a sina do Grêmio no Brasileirão. E, a longo prazo, poderá comprometer a campanha do time. Na noite desta quinta-feira, em nova atuação sem brilho, a equipe empatou sem gols com o ameaçado Santa Cruz, na Arena, e perdeu a chance de aproximar-se da liderança. Estagnado na quarta colocação, ainda ficará sem jogar na última rodada do primeiro turno, pelo adiamento de sua partida contra o Botafogo.

É possível justificar pela ansiedade a escassa produção do Grêmio no primeiro tempo. A necessidade de dar uma resposta aos torcedores depois da má atuação contra o América-MG fez com que os jogadores apressassem a troca de passes e muitos deles terminaram nos pés dos marcadores.

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Outra explicação pode estar na ausência de Luan, cedido à seleção olímpica, o que deixou o time sem criatividade. As arrancadas de Everton pela esquerda também fizeram falta. Em suma, o Grêmio criou muito menos do que se esperava de quem atuava em casa, contra um adversário ameaçado de rebaixamento. Por isso, o Santa Cruz trocou passes à vontade nos primeiros minutos, explorando o apoio de Léo Moura pela direita. Parecia não sentir o fator local.

O primeiro chute do Grêmio demorou 16 minutos para sair. Foi de Maicon e desviou na zaga. Aos 18, quando Bolaños se preparava para cabecear em cruzamento de Pedro Rocha, Danny Morais desviou a escanteio. Parecia que o time finalmente se impunha, apesar das limitações técnicas. Aos 20 minutos, Pedro Rocha livrou-se de João Paulo e chutou com perigo. Aos 22, a mais clara das chances. Negueba cruzou da direita, Douglas ajeitou de cabeça, na direção de Pedro Rocha, que não conseguiu concluir porque Néris afastou. Maicon voltou a arriscar a 27 minutos, mas Tiago Cardoso defendeu.

Vieram, então, dois sustos inesperados, quando a partida parecia sob controle. Aos 44, Keno aproveitou-se de uma falha de Geromel, disparou pela esquerda e serviu a Grafite, que não chutou pela intervenção precisa de Marcelo Grohe. Pouco depois, o perigo foi ainda maior. E Grohe precisou salvar de novo em chute de Jadson. O primeiro tempo terminou com sinais de impaciência da torcida.

Com Guilherme no lugar de Pedro Rocha, o Grêmio voltou do intervalo em rotação mais acelerada, disposto a dar um fim ao sofrimento. O segundo tempo começou com Guilherme cruzando na direção de Negueba, que não alcançou. Com troca de passes, o time tentava romper a barreira de marcadores com a qual o Santa Cruz protegia sua área. Negueba, mais movediço, levava perigo pela esquerda. E sofreu falta que originou uma oportunidade real de gol. Na cobrança, Bolaños acertou a trave. Na volta, Negueba, sem goleiro, cabeceou errado. A trave voltou a salvar o Santa Cruz aos 20 minutos. Em boa jogada, Guilherme cruzou para o cabeceio de Douglas, que quase entrou. Por ironia, o travessão evitou uma tragédia para o Grêmio, na cobrança de falta de João Paulo, aos 23 minutos.

A entrada de Henrique Almeida no lugar de Negueba foi a tentativa de Roger de contar com um jogador que fosse para o combate com os zagueiros, atitude que Bolaños não tinha. Mas foi o time pernambucano quem assustou. Em sua única participação no jogo, Grafite deixou Wallace Reis para trás, Grohe espalmou para o lado e Geromel salvou no rebote, em chute de Keno.

A resposta do Grêmio era lenta, sem profundidade e facilitava a tarefa de destruição do Santa Cruz, que segurou o empate com determinação.

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