Todos sabemos que a luta pela vaga na Libertadores apresenta dois jogos de 90 minutos. Ou seja, somente conheceremos o classificado após os 180 minutos. Isso é o óbvio. No entanto, quando há duas partidas, como nesse caso, tenho muito receio, às vezes esperança gremista, de que a decisão ocorra na primeira delas. 

No ano passado, o Grêmio jogou duas decisões contra os dois clubes mineiros pela Copa do Brasil e, no primeiro jogo de ambas em Belo Horizonte, abriu vantagem suficiente para administrar os jogos de volta em Porto Alegre. E assim chegou ao título. 

Percebe-se, então, que a verdadeira decisão ocorreu na primeira partida. Por isso, penso que seria muito pouco se nesta noite, no Rio, o Tricolor jogasse tão somente visando a um resultado que lhe permita trazer a real decisão para Porto Alegre. 

Claro que é muito melhor do que sofrer uma derrota acachapante, que ninguém espera, mas seria ótimo se o Tricolor obtivesse um resultado favorável que permitisse, assim como foi no ano passado, jogar mais despreocupado a segunda partida. 

Ânsia do adversário

Mesmo desfalcado e reconhecendo a dificuldade de contar com uma escalação rotineira contra um Botafogo que jogará uma Copa do Mundo, talvez, esteja aí a oportunidade de, consciente e inteligentemente, o Grêmio aproveitar essa ânsia do adversário. Assim, em um ou dois contra-ataques, matar a classificação da forma como ocorreu em Belo Horizonte no ano passado. Estamos acreditando na história do clube e na força da camisa tricolor..