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Paixão Tricolor

Cacalo: "Estive presente nas quatro finais em que o Grêmio participou e estarei na quinta"

Colunista reconta a emoção de ter participado das conquistas de 1983 e 1995 como dirigente do Tricolor

22/11/2017 - 10h23min

Atualizada em: 22/11/2017 - 10h30min


Cacalo Silveira Martins
Cacalo Silveira Martins
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José Doval / BD/31/8/1995
Em 1995, o bicampeonato da Libertadores foi conquistado na Colômbia

Na condição de dirigente e de torcedor atuante, passei por várias Libertadores e estive presente nas quatro finais em que o Grêmio participou. A quinta delas inicia hoje à noite, na Arena lotada. Sempre foi uma competição do agrado dos gremistas, mesmo quando ela ainda não era devidamente valorizada por grande parte dos clubes brasileiros.

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Lembro perfeitamente daquela final contra o Peñarol, em 1983, quando empatamos no Uruguai e vencemos em Porto Alegre, com o Olímpico lotado, numa grande jornada do nosso craque da época, e hoje nosso técnico, Renato Portaluppi.

Foi uma vitória cheia de emoção, pois saímos ganhando, os uruguaios empataram e, aproveitando aquele atípico cruzamento de Renato, o centroavante Cesar mergulhou e marcou o gol da vitória.

Um timaço 

Foi uma noite de muita comemoração, na medida em que era a primeira conquista do Grêmio e de um clube gaúcho da América. No ano seguinte, em 1984, fomos novamente à final e perdemos para o Indepediente no Olímpico, empatamos na Argentina e ficamos como vice- campeões. 

Depois, em 1995, participamos da Libertadores com um timaço. Os atletas, além de grandes jogadores, possuíam muito espírito competitivo e, tanto quanto em 1983, também honravam a camisa tricolor que vestiam. Lutavam até o último minuto. Foi uma competição diferenciada, pela qualidade dos participantes. 

Enfrentamos o Palmeiras, uma verdadeira seleção brasileira, em dois memoráveis jogos. Os placares de 5 a 0 para nós e de 5 a 1 para eles demonstram o que foram aquelas partidas. Classificou o Grêmio. 

Atuação extraordinária 

Pulando para a final, enfrentaríamos o temível River Plate, ou seu adversário na semifinal, o Nacional de Medellín, que era considerado um dos melhores times daquele ano, senão o melhor, tanto que superou os argentinos. Fomos à luta: 3 a 1 em Porto Alegre, numa atuação extraordinária do nosso time. Estava 3 a 0 e sofremos o gol dos colombianos. 

Os responsáveis pelo título

Nosso grande técnico, Felipão, esbravejou dentro do vestiário com o gol sofrido, pois pensava ele que, com a vitória sem gol sofrido, o título estaria garantido. Danrlei, ídolo dos gremistas, pediu a palavra, ainda no vestiário quente depois da partida, e fez uma afirmação definitiva que estimulou a todos nós. Disse que não tomaria, jamais, três gols em Medellín. E não tomou. 

Os atletas e Felipão foram os grandes responsáveis por aquela conquista histórica, mais uma vez pioneira. A RBS havia fretado um avião para a delegação e convidados. Voltamos comemorando, e a festa numa Porto Alegre pintada de azul, branco e preto foi simplesmente inesquecível. 

Assim, temos lembranças extraordinárias das participações gremistas em Libertadores. Com o trabalho que está sendo feito, temos convicção de que, com a equipe atual, podemos repetir aqueles feitos históricos.

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