Foi impressionante a emoção que nós gremistas vivemos no jogo contra o Libertad. Diria, quase que literalmente, que a Arena veio abaixo com os gols tricolores. Das cadeiras onde eu estava, a ansiedade assumiu nossos corações. A minha angústia, com a necessidade do resultado positivo dentro daquele contexto, por incrível que possa parecer, ainda me permitiu ter um mínimo de racionalidade diante das novas situações do futebol. 

A par da vibração incomum pelos gols gremistas, ressabiado e traumatizado, de imediato, enviei meu olhar para a arbitragem. Valha-me Deus, pensava eu, se o tal VAR, por qualquer motivo, chamar o árbitro. Não sabia se comemorava os gols ou se cuidava do infeliz VAR, que já havia expulsado Geromel. Quando o cidadão do apito correu para o meio e confirmou os gols, a sensação de alívio foi indescritível. 

Estávamos obtendo uma vitória heroica, com 10 homens em campo, e a nação tricolor não cabia em si de contentamento. A imortalidade, às vezes esquecida, ressurgia com toda a sua força. Não posso deixar de repetir e saudar o esforço de nossos atletas, a competência e a estrela de Renato, ídolo eterno, e a qualidade e capacidade de doação dos atletas que marcaram os gols. 

Raça e garra

Mas não fizeram sozinhos. O grupo respondeu com a raça e a garra própria da camisa tricolor. Numa hora daquelas, há que se ter muita valentia e desprendimento para agregar à qualidade, visando vencer um jogo com tamanha dificuldade. Esse conjunto de requisitos leva à conquista de títulos. Foi o Grêmio que conhecemos e que deve ser respeitado pelo mundo afora. 

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