O futebol gaúcho andou, por alguns dias, em total polvorosa. As portas dos armários se abriram e os esqueletos começaram a circular novamente, inclusive assustando determinados segmentos e fazendo barulho para outros tantos, que necessitam de silêncio. E estes, principalmente, foram atendidos, porque o silêncio voltou a reinar. Os barulhos foram substituídos pelas queimadas, tão em voga atualmente no país, principalmente na região amazônica. 

Considerando que, cá por estas bandas, as queimadas são bem definidas, os bombeiros, sem muito esforço, conseguiram acabar com o fogo. E tudo voltou à santa paz, pelo menos para efeito externo. Com isso, os esqueletos também se reuniram e preferiram retornar aos seus armários. 

Aquilo que em determinado momento era considerado digno de obra de arte, na opinião de alguns especialistas, repentinamente retornou ao seu patamar inicial, em face da qualidade dos trabalhos cotidianos, que eram apresentados e avaliados. Uma obra, falsamente atribuída a Michelangelo, voltou a ter a assinatura de um principiante, o que não deixou de ser um bom trabalho, mas dentro de seu nível de exigência e inexperiência artística. 

Não estou desmerecendo determinados artistas que ainda não atingiram um certo nível de relevância e qualidade e que não são reconhecidos nacionalmente. O que não significa que estejam impedidos de evoluir na sua cultura. Mas vamos com calma. Com humildade, perseverança, treinamento e capacidade pessoal, é possível que atuais medianos ainda possam esculpir uma verdadeira obra de arte. O tempo dirá. 

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