Mais uma vez, com certeza cansando os leitores, devo me manifestar sobre as convocações de jogadores do Grêmio para as seleções nacionais. E, dessa vez, para seleção olímpica.

Repito, exaustivamente, que para os atletas, na imensa maioria das vezes, além de ser um reconhecimento de seus desempenhos nos clubes, é também uma hiper valorização ao profissional. E isso pode também beneficiar os clubes em caso de alguma possibilidade de negociação. Mas cabe a pergunta: será que isso é tudo? 

Paralelamente às convocações e jogos das seleções, deveriam ser prioritários os compromissos que os clubes têm nas competições. Afora as lesões que acometem um elenco, o acúmulo de jogos que decorrem em desgastes físicos dos atletas. Tomando como exemplo o Grêmio — em partidas importantes o Tricolor não contará com dois dos mais importantes jogadores. 

São jovens formados nas categorias de base, que estão em uma disputa de Campeonato Brasileiro e rigorosamente necessários e fundamentais para a composição da equipe tricolor. Com inúmeros desfalques em caso de resultados negativos, quem vai ressarcir o clube e seus torcedores? 

Até quando?

Isso tudo acaba afunilando na mesma rotina, ou seja, a desorganização do futebol brasileiro. Por mais forte que seja, torna-se muito difícil a administração de tantas competições paralelas a jogos de seleções. Não há um tratamento prévio para solucionar tais questões, e os clubes detentores dos atletas e que regiamente os pagam, sofrem com isso. Até quando?

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