Há fatos ligados ao mundo da bola que, definitivamente, não me agradam. O principal deles é a interferência do estado nas coisas do esporte, neste caso específico do futebol. Não me detive a examinar com mais detalhes a medida provisória do governo federal, mas, mesmo assim, não me agradei.

Dizem aqueles que a estudaram que beneficia o Flamengo, devido à bronca com a Rede Globo. Outros dizem que ajuda a maioria das grandes equipes. E vejo pessoas reclamando da falta de união dos clubes para enfrentarem eventuais problemas.

Chego aonde queria: essa união não existe e jamais existirá. Houve a tentativa com o Clube dos 13, que os próprios integrantes fizeram questão de dinamitar. Mas trago outro exemplo prático. Na minha época de dirigente, participei de uma reunião entre clubes, visando estabelecer uma forma única com limite para prêmio por vitórias e títulos.

Saímos todos conscientes de que haveria trégua à selvageria do combate, pelo menos na questão financeira. Iniciou-se o Brasileirão e, logo em seguida, na terceira ou quarta rodada, começaram as reclamações de atletas em relação aos chamados "bichos".

Fomos, todos os dirigentes envolvidos, buscar as razões das queixas. Soubemos que havia um determinado clube em que seus diretores haviam fraudado a combinação. Voltou tudo à situação anterior, e seja o que Deus quiser. E foi para o ralo qualquer tentativa de união. E repito: onde há forte competição, é impossível haver união.