Nas suas equipes campeãs, o Grêmio sempre teve metade do time formado por jogadores da base. E mesmo quando não obteve títulos significativos, sempre contou com uma base forte. A notícia da transação do meio campista Arthur, nascido e criado no Tricolor, indo do Barcelona para a Juventus, comprovou essa afirmativa. Afinal, são 465 milhões de reais, na conversão do euro, o valor da negociação. 

Trata-se de um jogador extraordinário, um atleta super-responsável e com uma qualidade técnica insuperável. Sem nenhuma dúvida, por tudo o que já mostrou, merece estar nesse patamar. Arthur poderá dizer que jogou com Messi e Cristiano Ronaldo, isso sem falarmos nos outros craques que o acompanham nesta duas grandes equipes. 

O maior jogador do mundo foi formado no Grêmio e não soube retribuir a sua formação. Hoje está preso no Paraguai. Mas, outros grandes atletas tiveram sua origem no Tricolor: Douglas Costa, Rafael Carioca, atualmente Tetê mostrando seu futebol. Enfim há uma enorme leva de craques que foram formados no clube. 

A transação de Arthur traz para os cofres tricolores, pela cláusula de formação, aproximadamente R$ 20 milhões que, numa hora de pandemia, são muito bem-vindos. E, se percebe que há outros tantos jovens no elenco gremista capazes de serem transacionados com o futebol do exterior, proporcionando grandes receitas para o Grêmio. Fico raciocinando que se o volante Charles tivesse tido ascensão num time estruturado, estaria hoje também em algum clube grande europeu. Mas, as estruturas eram muito distintas.