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Paixão Tricolor

Cacalo: a retomada do futebol e os seus riscos

Embora eu também deseje a volta dos jogos, penso que o momento é muito delicado

26/06/2020 - 09h00min


Cacalo Silveira Martins
Cacalo Silveira Martins
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Lucas Uebel / Divulgação/Grêmio
Se os profissionais do futebol aparecerem contaminados, em caso de retorno dos jogos, quem seria responsabilizado?

Vejo que são divididas as opiniões acerca do retorno do futebol. Preliminarmente, quero afirmar que é absolutamente necessário que se faça uma forte distinção entre as regiões do Brasil continental, que apresentam circunstâncias bem diferentes entre si, para efeito de controle e disseminação do coronavírus.

Analisando a questão aqui no sul do país, mais precisamente em nosso Estado e na nossa Capital, também encontraremos diferentes situações no combate à pandemia. Não tenho dúvidas que aqueles que propagam o imediato retorno do futebol estão trabalhando de suas casas, teoricamente bem protegidos do vírus. 

Ou possuem outros interesses, que desconheço, mas que podem até ser legítimos. Ressalvo apenas a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), que pretende o retorno, mas é a entidade responsável pelos jogos e ainda assim apresentou soluções razoáveis.

Há, no entanto, uma questão rigorosamente prioritária, que deve ser examinada com muita cautela. O Rio Grande do Sul vive um momento de alto contágio, dizem as autoridades. Mesmo testados negativos, se os profissionais do futebol, e aí incluo não somente os atletas, aparecerem contaminados, em caso de retorno dos jogos, quem seria responsabilizado? O que aconteceria com as partidas seguintes?

Riscos desnecessários

Embora eu também deseje a volta dos jogos, penso que o momento é muito delicado para efeito de controle da pandemia e, nestas condições, não se pode expor os profissionais a riscos desnecessários e claramente atuantes.


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