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Gustavo Manhago: a preferência do Grêmio em adiar e não reduzir pagamento de salários
Acordo do Tricolor está respaldado na ótima gestão de Romildo Bolzan
O anúncio de acordo do Grêmio com os jogadores - para pagamento de 55% dos salários de abril a setembro deste ano entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022 - pode ser observado por vários aspectos. Há quem critique. Há quem elogie. Muitos vêem na proposta uma falta de sensibilidade dos atletas em não abrir mão de receberem o que, por contrato, têm direito.
O clube não estará deixando de pagar um centavo aos jogadores. Irá fazer, com juros, em 24 parcelas, os pagamentos que ficarem para trás agora, a partir de janeiro do ano que vem. O problema sai de agora e volta logo ali adiante.
A direção do Grêmio tinha nas mãos a possibilidade de reduzir os salários dos atletas, com redução da jornada de trabalho por até três meses, durante a pandemia, conforme medida provisória criada pelo governo federal. O clube entendeu agir de outra forma. É um direito também.
Só os dirigentes sabem a capacidade financeira que têm agora e que poderão ter daqui a seis meses. Respaldado por ótimas gestões desde 2015, quando foram acumulados sucessivos superávits, o presidente Romildo Bolzan Júnior entendeu que não era preciso cortar os salários. Atrasar parte deles pareceu suficiente. Resta-nos acompanhar os desdobramentos quando tudo isso passar.