Paixão Tricolor
Cacalo: a prioridade do futebol
As decisões estão nas mãos das autoridades, mediante todos os riscos inevitáveis
Estava me preparando para escrever sobre a manifestação do governador acerca do fato de que futebol não é prioridade no Estado. Entendi, a priori, como uma manifestação superficial, na medida em que o futebol profissional não é somente um "joguinho de bola com onze para cada lado". A avaliação de que não seria prioridade não levava em conta os valores que o futebol movimenta na economia.
Claro, como escrevi alguns dias antes, sempre levando em conta a segurança sanitária. Repentinamente surgiu a notícia de que quatro jogadores do Inter estavam contaminados. Isso caiu como uma bomba na tese daqueles que defendiam o retorno imediato da bola rolando. O Grêmio já havia tido Diego Souza com covid-19.
Apesar de todos os cuidados decorrentes, o que teria levado a surgirem novos contaminados? Para onde vão e o que fazem os profissionais ao deixarem seus treinamentos? Podemos suscitar novamente a tese das subnotificações e da quantidade das testagens . Há poucos dias questionei sobre o fato de que posteriormente a uma partida, surgissem atletas contaminados. Nem precisou jogarem.
E agora, será que a ida do Grêmio para Criciúma afasta qualquer chance de contaminação? Há que se ter muita cautela, pois, como se viu, o vírus está se espalhando. E, com certeza, mesmo aqueles que defendem a volta do futebol não pretendem ver uma quantidade de profissionais infectados. Mas, por outro lado, não se pode esperar a vacina. As decisões estão nas mãos das autoridades, mediante todos os riscos inevitáveis.