Sem desrespeitar o adversário, muito pelo contrário, mas o time do Grêmio pareceu que jogou com o freio de mão puxado. Não sei se foi o reflexo dos quatro meses parados depois do esforço no Gre-Nal, ou se pode ter sido o fato de ter jogado no campo de treino do CT Hélio Dourado, ou ainda uma forte sugestão de que o jogo poderia ser fácil, em face das campanhas dos dois times. 

O fato é que o Tricolor jogou tão somente para o gasto. Manteve um ritmo de treino e teve muita dificuldade para chegar ao gol adversário, também pelo fato de o Ypiranga ter adotado um esquema rigorosamente fechado na frente de sua área, o que é perfeitamente válido em futebol. 

Confesso que não chego a me preocupar com a atuação gremista, porque percebi o ritmo que foi levado a campo não foi aquele costumeiro, de pegada, de marcação forte e de jogadas em velocidade. Renato surpreendeu, na maior parte do tempo, utilizando Everton por dentro do campo, deixando o lado para o lateral Guilherme Guedes. 

Também foi assim pelo lado direito na medida em que Victor Ferraz foi mais um atacante do que um lateral propriamente dito, fazendo com que Alisson circulasse por todo o campo. Houve falhas gerais devidamente detectadas por Renato, o que permite corrigi-las nos próximos jogos. De qualquer sorte, o Grêmio vai terminar o turno provavelmente na liderança geral, o que garante benefícios para as fases seguintes.