Paixão Tricolor
Cacalo: o que falta ao Grêmio não é fôlego, mas força e explosão
Numa avaliação de leigo, à distância, não concordo que o time esteja correndo pouco
Historicamente, o Grêmio sempre teve um excelente desempenho na área do departamento físico. Sempre foi um time que corria os 90 minutos e até mais se fosse preciso. Um exemplo antigo é a final do Mundial de 1995, contra o Ajax. Além de ter um jogador expulso, teve uma prorrogação de 30 minutos e foi a equipe que mais teve chances de vencer.
Esse é somente um exemplo aleatório e poderia citar outros tantos, em épocas distintas. É rotina no clube um ótimo preparo físico. Mas, neste momento, em face de maus resultados, entre outros debates, discute-se a preparação física.
Não conhecia o atual preparador físico, nem sei quem o indicou para o Grêmio e somente fiquei sabendo de onde veio quando surgiu a discussão. Numa avaliação de leigo, à distância, não concordo que o time esteja correndo pouco. O que parece faltar, na minha ótica, é outra valência da especialidade. Refiro-me à força e explosão.
O time tem fôlego, mas não tem força nas divididas, nos arranques, na chegada frente à frente com os adversários, enfim, nas antecipações. Falta aquele pique curto, aquela arrancada vigorosa e a forte conclusão das jogadas na área adversária.
Claro estou apontando uma conclusão de quem somente assiste aos jogos e não é especialista na matéria, mas me valho da experiência de vários anos de vestiário, onde convivi com grandes profissionais. Para a Libertadores, será necessária esta característica básica de uma disputa como é esta competição.