Algumas vezes fiz referências a dificuldade do trabalho coletivo do time gremista. E não falei da falta de fôlego, mas de explosão, de força e, às vezes, de superação. Este último item não pode ser aplicado rotineiramente, em face de  eventual desgaste físico e emocional dos atletas. 

Mas, no Gre-Nal, a partir da perfeita organização tática do técnico Renato, sobressaiu, como sempre deveria ser, o excelente trabalho do todo. Além de todas as suas qualidades pessoais, os atletas fizeram valer a superação, a garra e a vontade de vencer. 

Marcaram, apoiaram, venceram as divididas, não usaram de violência, mas foram duros no combate aos adversários. E, como sempre ocorre, numa situação desta, as individualidades reaparecem. Não vou me referir a Pepê e Kannemann, que foram ótimos, como sempre, mas  é preciso destacar Lucas Silva, com extraordinária atuação. 

O volante tomou conta do meio campo, ajustado ainda com Matheus Henrique e Darlan, e que teve a ajuda preciosa de Alisson. Além disso, Orejuela participou ativamente da armação de jogadas pelo lado direito. 

Foi uma vitória tricolor em todos os sentidos. Pelo time, pela organização tática, por destaques individuais e pela inegável maior qualidade dos atletas gremistas, que também venceram na superação, na garra e na força de vontade. Mostraram sua dignidade profissional, sua reação diante de críticas, às vezes procedentes, deixando claro seu profissionalismo. Foi o Grêmio verdadeiro na legítima acepção do termo.