É inaceitável que o Grêmio, após uma semana inteira para se preparar, tenha realizado uma atuação abaixo da crítica no primeiro tempo contra o Palmeiras. A falha foi coletiva. O meio de campo praticamente inexistiu. Não marcou, não apoiou e errou passes como há muito não se via. Esses erros de passes e de marcação se estenderam aos demais setores do campo. O exemplo foi o gol palmeirense, que três jogadores estavam em condições de marcar, sem falarmos nos outros gols que deixaram de fazer. 

Entendo que Jean Pyerre é um craque ainda em formação. Tecnicamente é acima da média, mas passa uma impressão de total apatia. Tanto que, provavelmente cobrado no intervalo pelo técnico Renato, melhorou muito sua produção na segunda etapa, ainda sem ser aquele jogador que já vimos jogar. Sei que é característica pessoal, mas isso pode ser aperfeiçoado, o que não aconteceria se ele não tivesse qualidade técnica. 

No segundo tempo, vimos outro Grêmio, bem mais próximo do que queremos. Diego Souza empatou e poderíamos ter vencido não fosse o goleiro do Palmeiras. O importante é que tenhamos aprendido a lição, de que não podemos jogar tão mal — como foi o primeiro tempo — porque adversário de qualidade não perdoa. Desta vez, tivemos sorte e Vanderlei na primeira etapa. Aparentemente, pelo que se viu e ouviu, Renato sabe porque jogamos tão mal, a ponto de ter feito correções no segundo tempo. Daqui para a frente teremos somente jogos decisivos.