Paixão Tricolor
José Augusto Barros: a goleada sobre o São Paulo não entrará em campo no Gre-Nal
Inter vem embalado, mas o Grêmio é quem tem o melhor retrospecto e ambiente para surpreender
Ao contrário de diversos colegas de imprensa, não enxergo favoritismo no Inter para o clássico deste domingo (24). Vejo, claro, um melhor momento do colorado. Claro que não desconsidero o baile que eles deram no São Paulo, durante a semana, nem a sequência de vitórias. Meu objetivo, sempre que escrevo neste espaço, não é botar (ainda mais) lenha na fogueira Gre-Nal, nem grenalizar todo debate, costume bem gaúcho. Por isso, vejo apenas o coirmão em um melhor momento, o que pode não significar nada dentro do campo, por três fatores.
Primeiro, após a vitória contra o São Paulo, o Inter tirou um pouco da sua "obrigação" de ganhar o Gre-Nal. Se Abel Braga está montando a estratégia que todos acreditam que está montando, ele sabe do valor de cada jogo, e que não adianta ganhar o Gre-Nal, tropeçar ali na frente e entregar o título.
Segundo, porque eu acho o time do Inter nada mais que razoável, não acredito que apenas bom momento dê um favoritismo para uma equipe. Tem que haver superioridade técnica de um time sobre o outro.
Na minha visão, não há.
E o terceiro fator, é que entramos nesse clássico quase de sangue doce, de franco-atirador, pelo fato de que temos poucas chances reais de chegar ao título. Acredito que o Grêmio pode jogar até mais solto, a obrigação de ganhar me parece muito mais do Inter, há muito mais tempo sem títulos (regionais ou nacionais) do que nós. Para completar, sabemos que Renato Portaluppi faz uma transformação no vestiário gremista, antes de qualquer clássico, seja qual for o momento que o time esteja vivendo. Pensando sobre tudo isso que escrevi, quase que me arriscaria a dizer que o Grêmio é favorito. Quase...