Quando foi encarar o Ayacucho-PER, no jogo de volta da primeira fase da pré-Libertadores, depois da grande vantagem conquistada no jogo de ida na Arena, o Grêmio optou por colocar em campo a gurizada comandada por Alexandre Mendes. Era só cumprir tabela com a parada já estava resolvida. Cheguei a escrever aqui em GZH, que Renato Portaluppi não fez falta na altitude.

Agora a história será bem diferente. Vetado por estar positivado para covid-19, Renato vai fazer muita falta na casa-mata gremista. O jogo é bem mais complicado e muito decisivo. Não dá para comparar o Independiente Del Valle-EQU com o adversário da rodada anterior. A régua vai subir bastante. Não contar com a liderança do comandante na beira do campo é uma ausência extremamente preocupante. A presença de Renato é fundamental. Mas a saúde de todos é prioridade em tempo de pandemia.

Entre os relacionados, Kannemann permanece fora por problema físico. Mais uma vez, o Tricolor vai para a uma decisão sem a sua zaga titular, que tem feito a diferença há muito tempo. Só que é preocupante mais essa ausência do argentino e de Geromel, que acabou sendo uma rotina negativa na temporada passada. A responsabilidade estará com o Rodrigues e Ruan, que foi destaque no Gre-Nal. Podem dar conta do recado.

Como se esperava, por ter atuado no clássico, Maicon ficou em Porto Alegre. O capitão não tem condições físicas de ter uma sequência pesada de partidas. Mas há um detalhe importante. Com ele em campo, a marcação do meio-campo gremista fica fragilizada. É grande a chance de Lucas Silva começar no Equador ao lado de Matheus Henrique. 

Apesar da vitória, o desempenho do Grêmio no Gre-Nal ainda mostrou algumas questões que precisam de correção. Alisson mantém uma rotina de atuações de pouca participação ofensiva. Preocupa o isolamento de Diego Souza na frente. E Pinares não funcionou como armador. A amostragem recente de Darlan pode indicar uma alternativa. Marca e lança bem. Sem Renato, a missão em Quito pode ser mais complicada.