Caxias e Grêmio, que decidiram o Gauchão do ano passado com jogos de qualidade, protagonizaram uma partida de pouca inspiração no Centenário na noite de sexta-feira (16). No primeiro tempo, o Tricolor, comandado pelo técnico interino Thiago Gomes, acabou tendo mais a posse de bola. Mas pouco ameaçou a meta do goleiro Marcelo Pitol. Já o time grená parecia preocupado em não ser derrotado, interessado em conquistar pelo menos um ponto para se garantir no G-4 do Gauchão.

O duelo até melhorou um pouquinho na etapa final. Entre os estreantes, dando o desconto do fato de ser uma equipe sem entrosamento, Rafinha mostrou bom trabalho defensivo. O lateral-direito tem muita qualidade. Com ritmo de jogo, com certeza, vai ser um grande acréscimo para a sequência da temporada. Já o Thiago Santos entregou o que se espera dele: um aumento no poder de marcação do meio-campo. Confirmou ser diferente dos volantes que o Tricolor vinha utilizando.

Na retomada da sequência de jogos, Jean Pyerre precisa estar mais próximo da grande área adversária. Não pode recuar demais. E precisa evoluir mais para ser o articulador que se espera. As melhores iniciativas ofensivas gremistas foram com Ferreira. O atacante não se esconde. Pepê esteve alheio a partida. Se já está com a cabeça do Porto, o Grêmio deveria liberar agora o jogador e dar espaço para quem vai contar daqui para frente. 

A melhor chance do jogo foi com o garoto Elias, que entrou no lugar de Ricardinho. No total, 57 faltas foram cometidas e assinaladas pelo árbitro Anderson Farias. Não há como um jogo ter qualidade com um número absurdo de infrações. Foi um típico 0 a 0 de Gauchão Raiz.