A gurizada resolveu o Gre-Nal para o Grêmio. O goleador Diego Souza esteve isolado na frente. Pouco pôde fazer com a sua qualidade. Ferreira até fez boas jogadas, mas pecou na conclusão. Precisa aprimorar esse fundamento. De novo, Alisson não conseguiu deslanchar como um atacante. Já Pinares ficou longe de ser o articulador da equipe.

Maicon e Matheus Henrique estiveram mais ocupados nas tarefas de marcação. A entrada de Darlan, quando o capitão cansou, deu nova mobilidade ao meio-campo no segundo tempo. Além disso, trouxe o passe longo qualificado. Quando exigido, Brenno deu conta do recado. O goleiro gremista fez pelo menos uma defesa importante em cada tempo. Vanderson e Diogo Barbosa tiveram muita transpiração e pouca inspiração pelos lados. 

Uma nota importante a ressaltar é Ruan, que se destacou no embate direto com Yuri Alberto na zaga, segurando as pontas com o parceiro Rodrigues em outras situações. O camisa 44 vai se mostrando uma bela opção que o clássico apresentou para Renato Portaluppi. No duelo contra o Independiente Del Valle, no Equador, aposto que ele somou pontos importantes com o treinador.

Mas o maior personagem do Gre-Nal veio da casa-mata. Em princípio, poderia nem ter aparecido na história, sendo apenas um figurante no banco de reservas. 

Mas o destino quis que Léo Chú entrasse em campo aos 35 minutos da etapa final e oito minutos depois, fizesse um golaço, de fora da área, com uma conclusão perfeita em que a bola faz a curva e venceu Marcelo Lomba, decretando a vitória do Grêmio. Foi seu primeiro gol como profissional na Arena. 

As comemorações de Léo Chú homenageiam o ídolo Tarciso, atleta que mais vestiu a camisa tricolor em 118 anos. Com 1 a 0, o guri de Porto Alegre saiu do banco para entrar para na história do clássico.