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Competição em risco

Luciano Périco: os problemas vividos pelo Grêmio podem virar rotina na Libertadores

O adiamento e a mudança de local do confronto do Tricolor com o Independiente Del Valle-EQU podem se tornar comum na competição por causa da pandemia

08/04/2021 - 08h00min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Lucas Uebel / Divulgação/ Grêmio
Pelos protocolos sanitários os Jogadores gremistas, como Alisson, tem sido testados permanentemente para a covid-19

Na temporada passada, quando as fronteiras entre os países da América do Sul fecharam pela primeira vez em virtude da pandemia, cheguei a apostar aqui em GZH, que a Libertadores não seria concluída em 2020. Depois de uma longa parada, a Conmebol conseguiu criar todo um sistema, que acabou viabilizando o término da fase de grupos, os duelos de mata-mata e a grande final.

Agora o mesmo cenário volta a se repetir em 2021. Cada um dos dez países envolvidos na competição tem seus protocolos e restrições de acesso a estrangeiros. Pela situação gravíssima que vivemos no nosso país, onde uma nova cepa do coronavírus tem alto poder de contaminação, elevando de forma aterrorizante o número de casos de infecção e vítimas fatais, os brasileiros acabam tendo entrada restrita.

A edição 2021 da Libertadores está ainda na fase preliminar. Porém já são evidenciados problemas. Na fase anterior, o Grêmio teve que encarar o Ayacucho, que é do Peru, em Quito. Agora ocorre o problema da mudança do jogo entre o Tricolor e o Independiente Del Valle, que passou de Quito para Assunção. As autoridades sanitárias equatorianas vetaram o deslocamento da delegação do Grêmio, que tinha os casos de atletas positivados para o coronavírus, para o treino na véspera da partida. 

O time do Equador vai pleitear junto a Conmebol, que o jogo de volta também seja no Paraguai, alegando que se tiver que vir para o Brasil para atuar na quarta-feira (14), terá que fazer uma quarentena de 10 dias em um hotel no seu país. Além disso, vai argumentar que os dois jogos em campo neutro significariam um equilíbrio técnico. 

Portanto, há risco da partida de volta não ser na Arena. Na sequência, quando começar a fase de grupo, marcada para o final de abril, serão jogos entre 32 equipes divididas em oito chaves. Serão 96 partidas somente na fase classificatória. Mais 29 confrontos das oitavas até a final. A grande questão é como organizar isso tudo, se cada país decidir não receber as delegações? Sinceramente, volto a projetar que será muito difícil seguir com a Libertadores no quadro em que estamos vivendo. 


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