Sempre faço questão de ressaltar que minha análise tem o caráter amplamente subjetivo, de quem assiste às partidas pela televisão, após a pandemia. Embora não tenha havido mudanças radicais na escalação, houve alteração na forma de atuar do Grêmio. A troca de passes é feita com velocidade e de forma vertical.

O sistema defensivo tem mais consistência, especialmente em função da presença do volante Thiago Santos, que além de marcar e proteger a dupla de zaga, libera Matheus Henrique e o próprio Jean Pyerre. Os laterais apoiam apenas eventualmente e se preocupam prioritariamente com a marcação, fato que também permite maior liberdade de atuação aos ponteiros, sem aquela obrigação de sempre marcar o lateral adversário.

Penso que falta algo em relação ao preparo físico, quando a equipe diminui o ritmo na metade do segundo tempo. Tiago Nunes já percebeu isso e fez trocas no momento oportuno. Outro fator importante é que o atleta que faz o passe, de imediato segue adiante para receber de volta, o que perturba a marcação do time rival. Talvez por esta consistência defensiva, a zaga foi soberana nas boas aéreas, pois também tinha Geromel.

A única ressalva que faço é a falta de mais assistência a Diego Souza, o que certamente irá melhorar com mais entrosamento a partir das novas movimentações. Enfim, parece que está se criando uma nova equipe, com novo estilo de atuação. No final de semana teremos mais uma prova contra o Caxias.