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Olhos no futuro

Luciano Périco: a dura realidade que o Grêmio vai ter de se acostumar

Protagonistas de grandes títulos recentes não conseguem continuidade na equipe titular na temporada 2021

14/09/2021 - 06h00min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Lucas Uebel / Grêmio / Grêmio
Geromel (E) e Kannemann (D) comemorando com a taça da Libertadores da América de 2017 em Lanús

Geromel e Kannemann já estão no rol das maiores duplas de zaga da história do Grêmio. Um joga com técnica apurada, cirúrgico nos desarmes aos adversários e passe qualificado. O outro tem no vigor e na imposição física, suas grandes virtudes. Foi o casamento perfeito. A clássica imagem, de ambos beijando as taças conquistadas, virou marca dos momentos de glória vividos nos últimos anos pelo Tricolor.

Mas na turbulenta temporada de 2021 — com os fracassos na Libertadores, Copa do Brasil e Sul-Americana e o todo drama para escapar do rebaixamento no Brasileirão —, a dupla de zagueiros pouco tem atuado junta. Problemas de lesão têm sido um tormento. Das 51 partidas disputadas pelo Grêmio na temporada, Geromel esteve presente em 24. Menos da metade. Prestes a completar 36 anos no próximo dia 21, com a confirmação de uma fratura no quinto dedo do pé direito, ele vai parar por pelo menos quatro semanas. A nova contusão ocorreu em um treinamento no CT Luiz Carvalho.

Já Kannemann tem ficado muito tempo afastado do time titular por problemas físicos. O argentino, que esteve no banco de reservas sem entrar em campo contra o Ceará nos confrontos de turno e returno, disputou apenas 14 partidas na atual temporada. Nos duelos contra Bahia e Corinthians, o zagueiro também ficou como suplente, sem ser utilizado por Luiz Felipe Scolari. Juntos em 2021, Geromel e Kannemann estiveram em apenas 11 partidas. A última vez que se encontraram dentro de campo foi na derrota para a LDU na Sul-Americana em 20 de julho na Arena. No Brasileirão, a afinada dupla de zaga esteve em campo apenas nos duelos contra Athletico-PR, Sport, Santos, Fortaleza, Atlético-GO, Palmeiras, Inter e Fluminense. 

Por mais difícil que seja para o torcedor aceitar, os fatos apontam para um fim de ciclo. Óbvio, que eles não devem ser descartados. É preciso resolver de vez a questão física de Kannemann. E dosar a sequência de jogos de Geromel. Cabe aos dirigentes do Grêmio terem competência para começar a pensar na sucessão. A saída de Ruan em 2022 é um equivoco. O Tricolor terá de ir ao mercado para aumentar as opções no setor. 


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