É fato. O Grêmio se encaminha, a passos largos, para a Série B em 2022. Na volta do público aos estádios, nova derrota. O Tricolor só não esteve no Z-4 na primeira rodada. Uma campanha inqualificável. A série de fiascos no Brasileirão, não mostra que algo será diferente. 

Agora, o time de Felipão conseguiu a proeza de perder para o fraquíssimo Sport. De novo, não mostrou absolutamente nada de novo. Depois de mais uma semana de trabalho, não se consegue ver nenhuma melhora em campo. 

O primeiro gol marcado pelo Sport é o retrato de um elenco batido e desfocado. Cobrança de Hernanes, que comandou as ações da partida. Defesa parcial de Chapecó. No rebote, os defensores gremistas ficaram parados, como estátuas, vendo a banda passar. Gustavo Oliveira teve toda a liberdade de fazer 1 a 0. 

Em contra-ataque, os pernambucanos ampliaram com Mikael. O golaço de Douglas Costa, o primeiro após o retorno, não diminui os efeitos terríveis da nova derrota. 

A culpa pela campanha patética de 2021 começa nos gabinetes. O presidente Romildo Bolzan Jr é o principal avalista das decisões erradas. Primeiro, muitas contratações equivocadas no contexto. Depois, a falta de uma voz forte no vestiário, que era totalmente comandado por Renato Portaluppi. Quando saiu o treinador, nada restou. 

Não há um comando. Um elenco de atletas que custa mais de R$ 14 milhões por mês, e recebe em dia, não pode entregar tão pouco. É inadmissível. 

Todos estão em uma zona de conforto e tem total responsabilidade pelo péssimo momento. Por fim, Felipão não consegue fazer o time melhorar o suficiente para tirar da zona de rebaixamento. A insistência com alguns jogadores é infundada. Cito Alisson, como exemplo.

Everton Cardoso — que estava afastado — ser chamado como solução, não tem explicação. Interessante ver que, em meio ao naufrágio geral, Campaz entrou na fogueira e mostrou iniciativa. Por que não era usado por Felipão? Se não mudar drasticamente o rumo, o inferno está próximo. O diagnóstico apresentado pelas entrevistas pós-jogo indica que a comissão técnica e dirigentes não sabem as razões pelo fiasco.