Paixão tricolor
Cacalo: a questão tática do Grêmio contra o Cruzeiro
Espero que tenha servido de ensinamento para as próximas partidas
Preliminarmente, quero afirmar que considero o técnico Roger um profissional maduro e preparado para treinar uma equipe grande, tal qual está fazendo no Grêmio. Porém, há circunstâncias dentro do jogo em que o adversário adota determinados posicionamentos que surpreendem um time que, em tese, estaria em condições de repetir a qualidade que vinha apresentando na competição.
Assim, penso que Roger foi surpreendido pela forma de atuar do time mineiro. O Grêmio tentou manter a sua forma de jogar e isso não foi suficiente para superar o adversário. Na medida em que atuou com três zagueiros, o Cruzeiro teve oportunidade de utilizar seus laterais quase como jogadores de meio-campo. E o Grêmio manteve seu trio de atletas nesta função de meio.
Com muita intensidade, a equipe mineira sufocou o Tricolor até fazer seu gol, que foi um cruzamento de lateral/meio-campista que se aproximou da área gremista, sem marcação. Na segunda etapa, Roger realinhou sua equipe, buscou aumentar o setor de marcação e, com a ajuda dos ponteiros, fez com que o Grêmio retomasse o controle da partida, tanto que o adversário deixou de ter chances de marcar e o Tricolor quase empatou nos acréscimos.
No meio-campo se ganha uma partida de futebol e, especialmente no primeiro tempo, o Cruzeiro tinha um meio de campo povoado, jogando com seus laterais no apoio constante. Na segunda etapa, Roger arrumou o time e houve um jogo parelho. Espero que tenha servido de ensinamento para as próximas partidas.