O empate em 0 a 0 contra o São Luiz, sábado, em Ijuí, mostrou uma realidade indigesta: o time reserva do Grêmio sequer tem condições de bater o antepenúltimo colocado do Gauchão.

Com o resultado, veio o fim do aproveitamento de 100% do Tricolor no Estadual, o que, porém, é algo positivo: como o aproveitamento máximo na tabela não refletia o que se via em campo, a equipe de Renato Portaluppi - e aqui é bom pontuar que me refiro ao grupo todo, não apenas ao alternativo, que entrou em campo no sábado - estava se escondendo confortavelmente atrás do percentual para rebater ponderações da imprensa e da torcida. Agora, não dá mais. 

Atuações fracas

Precisamos assistir à partida medíocre para ter certeza de que alguns atletas não deveriam ter espaço no Grêmio: Galdino, Diogo Barbosa e Thiago Santos não merecem a confiança de Renato. Suas atuações irritam uma torcida que, por conta das feridas ainda não cicatrizadas causadas pela Série B, não tem mais paciência para tamanha falta de criação.

Em contrapartida, foram gratas surpresas ver os esforços de Cuiabano, que só foi substituído em função do cartão amarelo que recebeu no primeiro tempo, e Rubens, que mostrou ousadia ao ir para cima dos marcadores pela direita. Kauan Kelvin e Zinho mereciam mais minutos em campo. Sobre Vina: a pressão da estreia o fez perder um gol feito na primeira etapa do jogo e, já na segunda e apesar de demonstrar sinais de cansaço, confirmou talento na bola parada quando cobrou escanteio e cruzou na cabeça de Thiago Santos. O melhor jogador do Grêmio foi Adriel, que segue sem sofrer gol como profissional.