Bola e a poesia
Kenny Braga: O pistoleiro e o guarda-meta
Não é difícil encontrar, na história da literatura brasileira, poetas e escritores que tenham abordado o tema do futebol e até entrado em campo com a ideia de abraçar a profissão. Este foi o caso do João Cabral de Mello Neto que, em sua juventude, no Recife, jogou uma bola redondinha.
Outros poetas, como Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes também tinham paixão pelo futebol, exaltando as qualidades dos seus representantes geniais, como Mané Garrincha.
Aqui em Porto Alegre, há o exemplo de Luiz de Miranda, que também jogou futebol em Uruguaiana e só não abraçou a carreira porque foi seduzido pela poesia e pela militância politica.
História em versos
Nada estranho, portanto, que o poeta Marlon de Almeida tenha incluído em sua obra mais recente poemas abordando temas do futebol.
Seu livro, intitulado O Pistoleiro e o Guarda-Meta de Bagé e Outros Poemas, será lançado hoje, às 19h30min, na Palavraria, ponto de livros e cafés na Rua Vasco Alves, 165, no Bom Fim, na Capital.
Também estarei lá para abraçar o Marlon, que me fez uma homenagem especial no poema intitulado O Pistoleiro e o Guarda-Meta de Bagé.
É uma história incrível, ocorrida no clássico Bá-Guá, que ouvi em algum lugar e repassei, um dia, ao Marlon. Ele a transformou em um poema de muito boa lavra.
A bola rende poesia.