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Chimarródromo, shows, hotel...

Inter estuda exploração de novas áreas do complexo Beira-Rio a partir de 2015

De imediato, o clube poderá explorar uma região de 70 mil metros quadrados

27/07/2014 - 11h01min

Atualizada em: 27/07/2014 - 11h01min


Leandro Behs
Leandro Behs
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Ricardo Duarte / Agencia RBS

Devolvido pela Fifa ao Inter há pouco mais de duas semanas, o Beira-Rio ainda terá a sua paisagem bastante modificada nos próximos dois anos. Com um novo presidente, a ser eleito no final da temporada para assumir a partir de janeiro, o Inter retomará o tema das construções no entorno do Beira-Rio.

De imediato, o clube poderá explorar uma área de 70 mil metros quadrados, localizada entre o pátio do estádio, o edifício-garagem e a Rua B - onde antigamente estavam o gramado suplementar, o posto de gasolina e uma loja de equipamentos para piscinas.

Um antigo desejo do clube sempre foi erguer ali um hotel, um centro de convenções e uma torre comercial. O Inter já havia obtido junto a prefeitura uma autorização para erguer prédios de até 17 andares. O problema é que o período de liberação do Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) já venceu. Era válido por dois anos, o Inter não o utilizou e, agora, ele terá de ser renovado. Encontrando um parceiro que banque as obras, o prazo de construção seria de, no máximo, dois anos. A arrecadação com a exploração seria dividida entre o Inter e a empresa que construísse o complexo, sem envolver a BRio - empresa responsável pela modernização do estádio.

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Para quem passa pela Avenida Padre Cacique, as mudanças passarão a ser evidentes entre outubro e novembro. A BRio já deu início às locações de suas 44 lojas sob a nova marquise do estádio. Denominado Street Mall (centro comercial), o conjunto já tem 44% de espaços vendidos - de salão de beleza a fast food.

A BRio, que tem direito de explorar a alimentação dentro do estádio, já assinou com a Coca-Cola o fornecimento de bebidas não alcoólicas e já comercializou 55 dos 66 novos bares no interior do Beira-Rio. Passarão a ser temáticos, conforme as locações, para pizzaria (Oca de Savóia), grife de cachorro-quente (Cachorro do Rosário), lanches naturais (Grupo Funny), lanches em geral (Celeiro de Ases) e Pipoca do Inter. Além disso, um restaurante começará a tomar corpo, no terceiro andar do estádio, onde durante a Copa do Mundo se localizou a área Vip da Fifa. O restaurante, porém, não terá vista para o gramado.

A BRio tenta intensificar ainda a venda de camarotes e de skyboxes. Até aqui, foram comercializados 50 dos 60 camarotes disponíveis _ os últimos 10 serão construídos até o fim do ano - e apenas cinco dos 55 skyboxes.

Como o Beira-Rio também voltará a ser palco para shows - o Gigantinho tem futuro incerto e, possivelmente, passe a receber cada vez menos espetáculos -, a BRio deseja dotar o estádio com dois palcos possíveis. Um grande, no meio do gramado, para 50 mil pessoas. Outro menor, chamado de Anfiteatro Beira-Rio, e que será montado atrás da antiga goleira do placar eletrônico. Terá capacidade para até 13 mil espectadores, sentados nas arquibancadas superior e inferior. A BRio já negocia o espaço com diversas produtoras que operam shows em Porto Alegre.

Outro projeto que avançará até dezembro é o Sunset Beira-Rio. A esplanada ao lado do edifício-garagem, com vista para o Rio Guaíba. Ali, a empresa montará cafés, quiosques e um chimarródromo, além de contar com espaço para pequenos espetáculos ao ar livre. O complexo Beira-Rio, de antes e depois da Copa do Mundo, ainda mudará bastante. 


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