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Sessão de análise

Após derrota, comentaristas dizem o que o Inter precisa mudar

Guerrinha, Wianey e Maurício Saraiva comentam o futebol colorado

01/08/2014 - 08h32min

Atualizada em: 01/08/2014 - 08h32min


Bruno Alencastro / Agencia RBS

Quinta-feira foi dia de rever erros, apontar problemas. A derrota por 2 a 1 para o Ceará, na quarta-feira, pela terceira fase da Copa do Brasil, fez saltar aos olhos problemas antigos. A lentidão do time de Abel Braga deixou mais difícil o sonho da conquista da competição de mata-mata. É preciso acabar com a linha de três meias? Um outro volante de marcação ao lado de Willians evitará erros de passe do camisa 8? O que não repetir para a partida contra o Santos, no domingo, pelo Brasileirão?

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1. Cadê o fascínio de Abel Braga?

Abel Braga havia prometido, antes da partida diante do Ceará, um Inter para frente. Chegou a dizer, em entrevista coletiva, que era "fascinado pelo ataque". Não pareceu. Seu time atuou como se fosse o visitante da noite e permitiu que a equipe treinada por Sérgio Soares, líder da Série B, jogasse no seu campo.

Sofreu marcação a ponto de o time chegar no gol de Tiago, no primeiro tempo, somente duas vezes.

- Tivemos falhas individuais, bisonhas. No segundo gol, marcamos a bola e houve um bote errado. A gente avisa, mas não tem treinamento para isto. É preciso estar ligado - comentou o técnico após o jogo.

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2. Sem chileno, sem agilidade

A lentidão do meio-campo fez o torcedor reforçar a saudade de Aránguiz. D’Alessandro, pelo segundo jogo consecutivo, teve atuação discreta. O chileno é justamente a velocidade que falta ao time, aquele que conduz a bola para Rafael Moura concluir. Na quarta, Cláudio Winck, improvisado no meio-campo, fez essa função. Destacou-se por ser um dos poucos a conseguir escapar da marcação. Chegou bem pela direita, e deu duas boas assistências.

A morosidade em questão, porém, é rebatida pelo camisa 10.

- Falam que jogadores são lentos. Mas, mentalmente, são rápidos, pensam antes a jogada como ela deve acontecer. Se faz essa leitura quando se perde. Fácil - disse D’Ale, após o treino de ontem à tarde.

3. Hora de rever a zaga

A zaga falhou por cima, por baixo. Não tem agilidade na movimentação e na recomposição, deixando que o Ceará deitasse e rolasse. O desabafo pós-jogo de Abelão deu o tom do terror que assombrou o Beira-Rio.

- Estava rezando para acabar, saiu o gol de empate e levamos outro na saída de bola. Isso é imperdoável.

Fala, comentarista:

Guerrinha: O que não pode se repetir são os problemas do meio para trás. O Inter está mal protegido neste setor. Precisará rever uma forma de jogar, com dois volantes ou trocar os zagueiros. A melhor solução é mudar jogadores e não a forma de jogar. Tem de fazer alguma coisa. A zaga falha por cima, por baixo, é lenta. Como não dá para abrir mão de meia, talvez tenha que tirar peças. E deve ser do meio para trás.

Wianey Carlet: Precisaria, urgente, substituir um dos zagueiros. Simplificar a formação no meio, agregando mais um volante e definindo dois meias que poderiam ser D’Alessandro e Alex, colocando um segundo atacante para jogar ao lado de Rafael Moura. Resumindo: adotar um esquema 4-2-2-2 e compactando mais o time.

Maurício Saraiva: O Inter precisa agregar velocidade no seu formato de time. Mudar peças no sistema defensivo seria de bom tom também. Juan não suporta mais a disputa com atacantes fortes e velozes, fica exposto. Fabrício e Willians, irregulares, não podem ter status de titulares absolutos. O mesmo vale para o modelo de um atacante só. Um time candidato a título precisa ter variação. Não é o caso do Inter.


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