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Mistério argentino

Por que Luque sequer aparece no banco de reservas do Inter

Dores musculares e questões físicas prejudicam o reforço argentino

18/08/2014 - 18h25min

Atualizada em: 18/08/2014 - 18h25min


Alexandre Ernst
Alexandre Ernst
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Ricardo Duarte / Agencia RBS

Alternativa para a velocidade no ataque do Inter, Carlos Martín Luque necessitará de tempo para desempenhar o papel para que foi contratado. O reforço trazido junto ao Colón de Santa Fe tem sentido a força dos trabalhos coordenados por Cristiano Nunes e Abel Braga desde que chegou ao Beira-Rio, em maio deste ano. Sem as melhores condições físicas e alvo de dores musculares constantes, é preterido até mesmo do banco de reservas.

Luque desembarcou em Porto Alegre com a fama de ser um atacante que faz poucos gols. Contudo, desde a Argentina, a imprensa não se furtava em avaliar o prodígio de 21 anos como o novo Cannigia, fiel escudeiro de Maradona no Boca Juniors e seleção, por conta de sua velocidade e drible fácil junto à lateral do campo - além das boas atuações pelas seleções de base do país.

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A partir destes predicados e pelo que aprontou nos 26 jogos do Campeonato Argentino no primeiro semestre deste ano, quando sagrou-se destaque do modesto Colón, era grande a expectativa da direção sobre o canhoto de 1m75cm. Nos corredores do Beira-Rio, porém, já há quem aponte que Luque precisará de um bom descanso e um forte trabalho de pré-temporada para engrenar.

- É reforço para 2015. Sentiu o futebol brasileiro. Na Argentina, a preparação física é diferente - disse uma pessoa com bom trânsito no vestiário do Inter.

Durante a intertemporada no Costão do Santinho, em Santa Catarina, veio do técnico Abel Braga o pedido para que torcida e opinião pública não criassem esperanças breves sobre Luque. O Inter realizou um jogo-treino e dois amistosos contra times catarinenses. Diante do Camboriú, em desafio realizado no hotel da delegação, Luque foi preservado por sentir a intensidade dos exercícios. Havia chovido muito em Santa Catarina e o campo pesado seria um complicador para o argentino. Na ocasião, o treinador mencionou, pela primeira vez, a falta de ritmo do reforço:

- Está sentindo um pouquinho, não estava acostumado a trabalhar deste jeito. Ele vinha com sequência de jogos na Argentina. Não treinava, só jogava. Chegou aqui e pegou uma pedreira.

Martín Luque disputou quatro partidas com a camisa do Inter. Pôde mostrar a que veio na goleada de 4 a 0 contra o Flamengo, quando substituiu Aránguiz, lesionado, logo aos 18 minutos do primeiro tempo. Desentrosado, pouco fez e acabou em impedimento em diversos momentos. Acabou substituído na etapa final, aos 28. Ou seja: somadas as duas etapas foram 45 minutos em campo. Diante do Ceará, na última quarta, pela Copa do Brasil, enquanto o Inter tentava reverter o resultado adverso no Beira-Rio, o camisa 18 ficava aos cuidados dos fisioterapeutas do clube por conta de dores nos músculos adutores.

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