Opinião
Diogo Olivier: Nilmar, caso raro de reforço consagrado e de risco
Qual Nilmar assinou por três anos com Inter? Ninguém sabe. Ele não enfrenta zagueiros de verdade há dois anos.
A Província de São Pedro amanheceu sacudida pela novidade. Nilmar, pela terceira vez, é do Inter. Agora, vai.
Este é o sentimento do torcedor, já sonhando em alcançar o Cruzeiro e ser campeão brasileiro. Não quero ser desmancha-prazeres da euforia colorada ou mesmo remar contra a maré só para ser diferente, mas é preciso sublinhar: calma.
Nilmar não tem mais 20 e poucos anos. Completou 30 este ano, em julho. Entrará em um grupo com vários trintões. Soma cirurgias no joelho e faz dois anos ganha dinheiro no Catar. Lá, como se sabe, não se joga futebol. Só se engorda conta bancária. O que nada tem de errado, vale dizer. Eu mesmo adoraria trabalhar no Gulf Times por uma sacola cheia de moedas de ouro todo mês.
Qual Nilmar assinou por três anos com Inter? Ninguém sabe. Ele não enfrenta zagueiros de verdade há dois anos.
Mas também é verdade que, se a velocidade dele for um terço do que era, se dominar a bola já arrancando e girando ao primeiro toque com 30% da explosão do passado, Nilmar vestirá a 9 do Inter assoviando, chupando cana e fazendo muitos gols. Brilhará, assim como Kaká e Robinho no São Paulo e no Santos.
O fato é que não deixa de ser curioso um jogador tão caro, identificado, consagrado e vencedor por um clube, caso de Nilmar, retornar na condição de contratação de risco.
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*ZH Esportes
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