Depende dos volantes
Meio-campo do Inter é enigma a ser decifrado por Abel
Treinador tem duas formações em mãos para definir o time ideal
Enquanto Abel Braga encontra meios para solidificar a defesa e aumentar o poderio de seu ataque no Brasileirão, duas formações se apresentam como alternativas para o treinador e, com elas, prós e contras são enumerados. Na vitória diante do Botafogo, no domingo, apenas Wellington foi escalado como volante de ofício.
Os laterais acabaram expostos ao longo de todo o primeiro tempo e, ao menos em três oportunidades, os cariocas tiveram condições de marcar, ficando cara a cara com Muriel. Em contrapartida, com a escalação mais conservadora, usando dois volantes, Abel busca aumentar a força defensiva, sem perder qualidade e o ímpeto ofensivos.
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Levantamento de ZH revela que a campanha do Inter no campeonato nacional passa, necessariamente, pela escolha dos marcadores no meio de campo.
Com um volante fixo e Aránguiz
O lado direito do ataque se fortalece quando Aránguiz ganha liberdade para enxergar o campo e iniciar as jogadas de armação. O volante fixo pode ser Willians ou Wellington. A boa visão de jogo e o passe qualificado do chileno auxiliam o Inter para tabelas com D'Alessandro e o lateral-direito - seja ele Wellington Silva, Cláudio Winck ou Gilberto.
Desempenho geral
4 vitórias
1 empate
0 derrota
9 gols a favor
4 gols contra
86,6% de aproveitamento
Com Willians e Aránguiz
3 vitórias
1 empate
7 gols a favor
4 gols contra
Com Wellington e Aránguiz
1 vitória
2 gols a favor
Com dois volantes
Com dois marcadores, Abel Braga levou o Inter à série de cinco vitórias consecutivas. O time parecia azeitado, Dida não foi vencido em cinco oportunidades, mas subitamente o rendimento caiu e passou a sofrer muitos gols. Wellington não possui virtudes técnicas para iniciar a jogada do Inter. E há quem aponte Aránguiz, na linha de três meias, como uma falha tática de Abel.
Desempenho geral
7 vitórias
3 empates
6 derrotas
18 gols a favor
14 gols contra
50% de aproveitamento
Com Willians e Wellington
6 vitórias
2 empates
2 derrotas
15 gols a favor
7 gols contra
Com Ygor e Wellington
1 vitória
1 empate
2 derrotas
2 gols a favor
2 gols contra
Com Willians e João Afonso
1 derrota
1 gol a favor
2 gols contra
Com Ygor e Bertotto
1 derrota
1 gol contra
Diogo Olivier, colunista de ZH
Com dois volantes alinhados - Willians e Wellington - e Aránguiz adiantado, o Inter parou de tomar gols. Só que marcá-los virou uma missa. Com o chileno de volta à função que melhor se adapta, como segundo homem de meio, o sistema defensivo se fragiliza, a exemplo do que se viu no primeiro tempo diante do Botafogo.
Mas Aránguiz é solução, e não problema. Então, deve jogar como gosta, qualificando a saída de bola, o campo aberto, ao lado de Wellington, abrindo espaço no time para um atacante mais veloz e agudo, que hoje seria Sasha. O time, do meio para frente, portanto: Wellington, Aránguiz, D'Alessandro, Alex, Sasha e Wellington Paulista. Porém, os laterais teriam de ser mais conservadores.
Cléber Grabauska, comentarista Rádio Gaúcha
O melhor Inter de 2014 continua sendo aquele que firmou-se nos Gre-Nais decisivos que, segundo Pedro Ernesto Denardin, contava com "Os Quatro Temores". Aránguiz, Alex, D`Alessandro e Alan Patrick - com o suporte defensivo de Willians - foi o responsável por aquilo que, por algum tempo, se imaginou ser o formato ideal para o restante da temporada.
Aránguiz foi para a Copa do Mundo. Wellington virou titular. Alan Patrick sofreu uma queda técnica. O fundamental é que Aránguiz seja mantido mais recuado, como volante, e que a linha de armadores conte obrigatoriamente com D'Alessandro e Alex. As outras duas posições podem ser discutidas. Mas apontaria Wellington e Valdívia como as melhores opções.
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