Quando pensa no retorno de Nilmar, o torcedor do Inter se remete ao jogador veloz e envolvente que decidia jogos em suas duas passagens anteriores pelo Beira-Rio.

Há aspectos, porém, que preocupam. Entre eles, o período em um futebol pouco competitivo como o do Catar, a inatividade recente - a última vez em que esteve em campo foi há mais de quatro meses - e seu retrospecto na última temporada, quando marcou apenas quatro gols em 18 jogos.

Por outro lado, existe a esperança de uma readaptação rápida na parte física, sustentada em relatos do fisioterapeuta Mauren Mansur, contratado para o que chama de trabalho de "polimento", que incluiu fortalecimento muscular e cuidados com os joelhos antes combalidos do atacante.

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Há pouco mais de 20 dias, o jogador disse ao blog Passaporte Gre-Nal que estaria pronto em 20 dias. A tendência, porém, é de que precise de mais duas a três semanas de treinamento para estar pronto. Segundo Mansur, um curto período de recondicionamento físico será suficiente, mas ele não arrisca dizer em quanto tempo o atacante estará de volta:

- Isso depende muito da urgência do clube e dos profissionais de preparação física, que devem submeter o Nilmar a testes para determinar como ele está.

Em campo

Não é dos mais animadores o retrospecto recente de Nilmar no futebol catari. Após uma boa campanha em 2012/2013, quando marcou 14 vezes em 20 partidas, caiu de produção na temporada 2013/2014, em que defendeu o Al-Rayyan e o Al-Jaish e marcou apenas quatro gols em 18 jogos. A última vez em que esteve em campo foi no longínquo 3 de maio, há mais de quatro meses, quando sua equipe foi eliminada nos pênaltis da Copa do Emir de Catar pelo Al-Gharafa.

Além da falta de ritmo, o baixo nível técnico também preocupa. Alex, que foi trazido do Al-Gharafa em meio ao ano passado, só em 2014 recuperou parte do futebol de sua passagem anterior pelo Inter. Antes, sofreu para se readaptar ao jogo mais veloz e qualificado do Brasileirão.

Otimismo para enfrentar a sequência

Os compromissos mais espaçados do calendário da liga catari são um contraste com a sequência desgastante de jogos por aqui. As lesões musculares são a decorrência mais comum do acúmulo de partidas, algo que poderia ameaçar Nilmar durante a readaptação.

Em 2007, quando o Inter o trouxe para a segunda passagem pelo Beira-Rio, Nilmar se recuperava de uma ruptura de ligamento do joelho. Sua reestreia pelo clube, em novembro, marcou o fim de um longo período longe do campos. A lesão muscular viria no início de 2008 e o tiraria dos campos por dois meses e meio.

Mansur, porém, nutre confiança de que os problemas não irão se repetir. O trabalho recente do fisioterapeuta com o jogador lhe dá convicção de que sua musculatura está pronta para suportar o retorno ao futebol.

Recondicionamento

Segundo Mansur, o que falta para Nilmar entrar em campo é um rápido recondicionamento para que possa suportar o ritmo dos 90 minutos. O fisioterapeuta lembra que o biotipo do jogador lhe dá vantagem neste tipo de trabalho:

- Ele geralmente vai bem em testes físicos. Eu costumo brincar com ele: "Seco (apelido que Nilmar ganhou de Mansur), tu não carrega nada de peso"! Como já vinha de pré-temporada antes de a gente começar a trabalhar, a base dele é boa.

Na última semana, envolvido nas tratativas para definir seu futuro, Nilmar interrompeu as sessões com o fisioterapeuta. Manteve, porém, o hábito de fazer corridas leves na esteira.

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