É o passado brilhante de Nilmar em suas duas passagens anteriores pelo clube que nutre a esperança do torcedor em seu retorno. Prever que ele repetirá o nível que já mostrou com a camisa vermelha é um exercício de otimismo, diante do longo tempo em um futebol pouco competitivo e a recente inatividade enquanto buscava um novo destino.

Não custa, porém, lembrar os motivos que o transformaram em um ídolo do Inter. Relembre, abaixo, a trajetória do atacante nos dois períodos em que esteve no Beira-Rio.

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Estrela em um time de jovens

Foto: Fernando Gomes

Foi em 2003 que Nilmar começou a mostrar o potencial que o transformaria em um dos principais atacantes de sua geração no Brasil. O Inter o trouxera em 2002 do Matsubara, do Paraná, para atuar nas categorias de base, mas o cenário que o recém chegado Muricy Ramalho encontrou no ano seguinte, com um grupo de jogadores incompleto, transformou a aposta nos jovens em obrigação.

Junto com Daniel Carvalho e Diego, o novo camisa 9 de arrancadas espetaculares foi campeão gaúcho e comandou uma campanha surpreendente no Brasileirão, que fez o Inter liderar nas primeiras rodadas e lutar por uma vaga na Libertadores até o final. Nas rodadas decisivas, Nilmar e Daniel Carvalho foram convocados a defender a seleção brasileira sub-20 que sagrou-se campeã mundial. O Inter sentiu os desfalques, e a vaga na competição continental escapou no último jogo em uma emblemática goleada de 5 a 0 sofrida para o São Caetano.

Em 2004, já sem Daniel Carvalho, firmou-se como principal referência técnica da equipe. Não demorou para que fosse vendido ao Lyon-FRA no meio do ano, após conquistar seu segundo Gauchão pelo clube.

A retomada da carreira na volta ao Inter

Foto: Jefferson Botega

Quando o Inter acertou o retorno de Nilmar, em meio à conturbada temporada de 2007, sua contratação junto ao Corinthians passava longe de ser uma unanimidade. As dúvidas eram uma decorrência das condições físicas. Após duas lesões sérias nos joelhos, seguidas de duas cirurgias, era difícil encontrar quem acreditasse na recuperação.

O Inter vinha em uma ressaca das conquistas do ano anterior. Patinava no Brasileirão e fora eliminado na primeira fase do Campeonato Gaúcho. Nilmar só estreou dois meses após a contratação, e teve boas atuações na reta final da temporada.

Foi no ano seguinte, porém, que mostrou o acerto da aposta colorada em lhe trazer de volta. O gol de bicicleta diante da Inter de Milão na Copa Dubai deu o cartão de visitas. Em 2008, formou um trio inesquecível com D'Alessandro e Alex, e marcou o gol mais importante de sua vida com a camisa vermelha: o do título da Copa Sul-Americana, diante do Estudiantes, na prorrogação no Beira-Rio.

A boa fase seguiu em 2009, e os gols espetaculares se repetiam. Diante do Corinthians, na primeira rodada do Brasileirão, driblou quase todo o time adversário antes de finalizar. Era a despedida com chave de ouro, já que sua venda estava próxima. O Villarreal desembolsou 16,5 milhões de euros para levá-lo. Até hoje, há quem garanta que o título brasileiro escapou das mãos do Inter por conta de sua saída.

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