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Paixão Colorada

Zé Victor Castiel: Aguirre e Inter, um caso de amor?

21/04/2015 - 07h03min

Atualizada em: 21/04/2015 - 07h03min


Diego Vara / Agencia RBS

Muito se tem debatido sobre a validade de Diego Aguirre utilizar duas formações distintas para o Inter. É da sua convicção fazer variar de acordo com a competição, desgaste, sequência de jogos, e, claro, lesões.

A verdade é que hoje o Internacional conta com dois times inteiros de atletas bem treinados, com sequência de jogos e aprimorando a olhos vistos a preparação física. Um tem disputado a Copa Libertadores. O outro, o Campeonato Gaúcho.

Não me lembro de outra ocasião em que isto aconteceu. Não me entendam mal: já vi muitas vezes se optar por um time reserva ou misto para poupar os titulares. Mas não é bem isto que está acontecendo.

Para muitos, e eu me alinhava entre estes, a prática decorria somente de uma insegurança do técnico. Me entreguei. Não penso mais assim e já consigo ver benefícios na estratégia.

Não acho que a discussão sobre o assunto deva se limitar a se um dos times é o reserva e o outro o titular. Acho que é mais complexo. Aguirre parece acreditar que, utilizando-se desta prática, sempre terá uma equipe em condições de enfrentar qualquer adversário.

O que se vê normalmente em uma equipe de futebol é que ela é formada pelos melhores, os mais talentosos. Mas também não é difícil vermos problemas sérios quando os ditos "melhores" estão impedidos de jogar, por lesão, cartão ou forma física.
O que Aguirre, dentro de sua ousadia e simplicidade, está fazendo é minimizar os transtornos de quando perde seus "melhores". Neste momento entra em campo um substituto bem treinado, com ritmo de jogo e boa forma física. E o melhor: acostumado ao calor de uma competição.

Não sei ainda se Aguirre está certo ou errado. O tempo dirá. O que sei é que tem o meu crédito. Sua prática é inteligente e nunca decorreu de insegurança. Torço muito para que dê certo. Pode estar nascendo aí um longo caso de amor entre Diego Aguirre e o Internacional.

Jogo importante
 
O jogo de amanhã entre Inter e The Strongest, da Bolívia, é muito mais importante do que podemos supor. Uma boa vitória pode trazer confiança com ação residual, ou seja, pode se transmitir para as próximas fases da competição. Em uma competição como a Libertadores, isso é de suma importância. Pode, também, respingar seus efeitos sobre o Gauchão.

Se o Inter passar bem amanhã, certamente terá mais créditos para enfrentar seu tradicional adversário no primeiro jogo de decisão no domingo.

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