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Paixão Colorada

Zé Victor Castiel: Campeonato Gaúcho virou um festival paranoico de mau-gosto

13/04/2015 - 06h06min

Atualizada em: 13/04/2015 - 06h06min


Carlos Macedo / Agencia RBS

Diante do que aconteceu no Aldo Dapuzzo, o Inter traz um belo resultado de Rio Grande. Não se admite, no entanto, os acontecimentos de sábado. Venho alertando há alguns dias dos perigos que se corre quando existem tentativas de condicionamento de arbitragem. Pois o Campeonato Gaúcho, a partir dos dois pênaltis corretamente marcados para o Inter na partida contra o Cruzeiro, virou um festival paranoico de mau-gosto.

No Aldo Dapuzzo, aos 5 minutos de jogo, o árbitro Anderson Daronco (de atuação perfeita) já ouvia reclamações inflamadas do técnico do Brasil de Pelotas. A cada marcação simples, Rogério Zimmermann gesticulava, gritava, esbravejava, fazia gestos de descontentamento, o que, junto com os comentários da semana, foram impregnando a torcida xavante do espírito de "vamos ser roubados".

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Atos de barbárie

O resultado todo mundo viu. Voltamos à década de 70. Inconformada com o gol legítimo do Inter, começaram os atos de barbárie. Arremesso de objetos em direção a torcida colorada e barras de ferro arrancadas para um fracassado enfrentamento com a Brigada Militar culminaram em uma bagunça generalizada e violenta. Não me sai da cabeça a imagem da menina carregada para a ambulância após um ataque de asma ocasionado pela ação de spray de pimenta que fora utilizado para conter os ânimos. É responsabilidade de todos nós fazer com que o futebol volte a ser uma diversão apaixonante.

O Inter volta a campo na próxima quinta diante da Universidade do Chile, em Santiago, com a certeza e o alívio de que, pelo menos na Libertadores, não vale a nova regra estabelecida por aqui, segundo a qual, ter marcado a seu favor pênalti legítimo faz parte de uma armação orquestrada e criminosa.

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