A rotina de um torcedor em dia de jogo decisivo é algo que pode ser objeto de um estudo sociológico.

O cara acorda e antes de trabalhar dá uma olhada nas páginas esportivas para ver o que tem de novidade. Examina tudo o que existe para ler sobre seu clube, inclusive o balancete na seção de economia. Fica nervoso e sai para mais um dia de labuta.

Chega no trabalho e abre o computador, mas não consegue se concentrar. Aproveita e dá um passeio pelos sites de esporte. Examina uns 15. Fica novamente por dentro de todas as informações da partida de logo mais, que são as mesmas que já tinha visto antes de sair de casa e fica nervoso.

Hora do almoço e o cara vai para o boteco onde almoça com os colegas do trabalho. Ali, discute-se tudo sobre o jogão do dia. Tudo. Técnica, tática, se vai vencer, se vai perder, se vai chover, se vai jogar com o uniforme principal. Aí dizem para ele que o time vai jogar com o segundo uniforme e o cara se desespera. Fica sem fome. Não come e vai embora nervoso.

Volta para o trabalho e liga o radinho para ouvir as informações sobre o jogo. Ouve com atenção redobrada todas as notícias que já havia lido no jornal pela manhã, que eram as mesmas que estavam nos 15 sites de esporte que leu no escritório. Fica nervoso. Termina o expediente e o cara vai até o banheiro, tira a roupa de trabalho e veste o "manto sagrado". Se olha no espelho. Suspira fundo e se sente nervoso.

Nervosismo

Vai para o estádio mais cedo para esperar a passagem do ônibus dos jogadores. Grita, canta, pula. Toma uma cerveja no Bar do Buzy e vê que todos os seus amigos estão ali, como ele, nervosos. Na medida em que se aproxima o início da partida, o cara tenta se distrair. Olha no relógio. Olha pro placar eletrônico. Olha para o amigo ao lado. Olha para relógio novamente.

Aí, o time entra em campo. O adversário também. O juiz apita. Começa a batalha. E é aí que tudo começa a ficar mais...nervoso. Dá-lhe Colorado!!!!!

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