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As sete peças

Comentaristas opinam sobre o desempenho dos reforços do Inter na temporada

Contratados para melhorar o grupo colorado na temporada, jogadores não conseguiram se firmar entre os titulares no time de Diego Aguirre

28/07/2015 - 07h05min

Atualizada em: 28/07/2015 - 07h05min


Alexandre Ernst
Alexandre Ernst
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Faltando poucos dias para o mês agosto, é de se espantar que, dos sete reforços contratados pelo Inter para a temporada, apenas Lisandro López tenha se firmado entre os titulares e correspondido à expectativa da direção do Inter. Em termos de custo-benefício, os atletas ainda não compensaram o investimento feito pelo Inter no início de 2015.

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Entre lesões e deficiências técnicas, Vitinho, Anderson, Nilton, Nico Freitas, Réver e Léo têm testado a paciência do torcedor. Nos bastidores, a falta de comprometimento de Léo teria provocado a ira do sempre comedido e calmo técnico Diego Aguirre. Anderson deve ganhar espaço no meio-campo com a iminente venda do chileno Aránguiz. Nilton e Nico Freitas seguirão buscando espaço, enquanto Réver tentará se manter longe do departamento médico e das lesões.

Há ainda o recém-contratado Rodrigo Moledo para o ex-zagueiro do Atlético-MG desbancar. O defensor que assinou com o Inter no início de julho deve poder atuar em 20 dias. Ainda que Aguirre não o conheça, os serviços prestados para o Inter na época de Dunga credenciam Moledo a brigar por uma vaga no time titular.

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Colunistas de Zero Hora, comentaristas da Rádio Gaúcha e da RBS TV avaliam os sete meses de trabalho de cada um dos jogadores trazidos para vestir a camisa do Inter nesta temporada.

VITINHO
Por Cléber Grabauska, comentarista da Rádio Gaúcha


Imagem: Félix Zucco/Agência RBS

Quando contratado, foi saudado como uma grande reforço. Porém, hoje é um jogador sub-aproveitado, perdeu espaço, com justiça, diante do crescimento de Valdívia e não é uma das preferências de Diego Aguirre. Tanto é verdade que, várias vezes, na Copa Libertadores, ficou fora até do banco de reservas. É um jogador que tem bom potencial ofensivo mas que não consegue deslanchar. Um pouco pela falta de seqüência de jogos e um outro pouco porque não conseguiu cumprir as funções táticas exigidas pelo treinador, coisa que o contestado Jorge Henrique parece fazer com mais eficiência.

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RÉVER
Por Leonardo Oliveira, colunista de Zero Hora


Imagem: Carlos Macedo/Agência RBS

Teve um lampejo, contra o Joinville, do Réver que o Inter pensou ter contratado para liderar a defesa na busca do tri da América. Esperava-se que deslancharia, mas se machucou outra vez na partida seguinte, contra o Goiás. No restante, esteve abaixo quando foi titular, na arrancada do ano, ou passou o tempo no departamento médico. O que permitiu que Alan Costa, mesmo com limitações, ganhasse espaço. E Juan, apesar das dificuldades físicas pelos 36 anos, virasse imprescindível. Aos 30 anos, Réver tem contrato até metade de 2018.

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LISANDRO LÓPEZ
Por Wianey Carlet, colunista de Zero Hora


Imagem: Diego Vara/Agência RBS

Parece ser o caso de jogador certo no lugar errado. É centroavante de posicionamento, embora também seja capaz de exercer boa movimentação no ataque. Diego Aguirre insiste em escalar Lisandro López ao lado de Nilmar. Com isso, tem carregado o argentino com problemas que ele não precisa enfrentar se jogasse mais centralizado. É um atacante pesado e lento. Não pode, por isso, jogar em uma função muito recuada, que exige movimentação e velocidade. Em função disso, até agora não deu a resposta que dele se esperava. Resta saber o que fará quando jogar em sua posição verdadeira. Não merece ser julgado como muita severidade.

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ANDERSON
Por Rafael Colling, comentarista da Rádio Gaúcha


Imagem: Alexandre Lops/Divulgação Inter

Alto investimento para retorno quase nulo ao clube. Jogador de excelente técnica, mas de pouca participação. Regular como volante e fraco, até agora, como meia. Além disso, inconfiável no aspecto disciplinar, já que deixou o time na mão duas vezes devido a expulsões infantis.

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NICO FREITAS
Por Maurício Saraiva, comentarista da RBS TV


Imagem: Ricardo Duarte/Agência RBS

Foi recomendo por Diego Aguirre, com quem trabalhou no vice-campeonato da Libertadores 2011 do Peñarol. Chegou ao Inter num momento em que o recém-contratado Nílton não convencia e Rodrigo Dourado não tinha aparecido ainda. Não mostra qualidade técnica suficiente para dar resposta convincente num time com as ambições do Inter. A responsabilidade é de quem o indicou e de quem o contratou. Toda vez que entra, o jogador se entrega de forma comovente para fazer o melhor. Faz muitas faltas. No passe, tem problemas. Não deveria ser a primeira opção para a ausência de Rodrigo Dourado.

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LÉO
Por Diogo Olivier


Imagem: Diego Vara/Agência RBS

Léo é o Wellington Silva com grife. Tão improdutivo quanto. Mas veio do Flamengo, a maior torcida do Brasil. Não acerta cruzamentos. É fraco na defesa. Só parece veloz. Na verdade, acelera o jogo. É apressado e, por isso, erra tantos passes. Talvez recobre o pouco de futebol que mostrou rapidamente quando surgiu, no Atlético-PR, em outro clube. Sua contratação é um fracasso. Menos mal, para o Inter, que Diego Aguirre desistiu dele assim que pode. O Inter, provavelmente, não venceria o Gauchão e nem chegaria tão longe na Libertadores com ele no lado direito.

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NILTON
Por Pedro Ernesto, narrador da Rádio Gaúcha


Imagem: Lauro Alves/Agência RBS

O Nilton que conhecemos do Vasco e do Cruzeiro era um jogador de grande qualidade. Tinha capacidade de marcação, chute potente e fazia gols de cabeça em grande quantidade. No Inter, ele revogou todas estas qualidades, nem chuta, nem cabeceia e não consegue ser titular. O jogador que está no Beira-Rio não é nem perto daquele que o Inter conheceu e contratou. Chegou fora de forma, sofreu com as lesões e não consegue ter sequência. O que não consigo entender é o motivo para estar sempre fora.

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Douglas Magno / Especial

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