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Opinião

Desenho Tático: D'Ale consolidou mudança de posição em 2015

01/12/2015 - 07h01min

Atualizada em: 01/12/2015 - 07h01min


Ricardo Duarte / Agencia RBS

Do ponto de vista tático, o ano de D'Alessandro foi marcante por consolidar sua transição do lado direito para o centro do gramado. A mudança, que já se desenhava quando Abel enfrentava laterais ofensivos no ano passado e centralizava o camisa 10 para lhe tirar obrigações defensivas, completou-se em 2015.

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Aberto pela direita, D'Ale viveu grandes momentos no Inter. Móvel, saía da região rente à linha lateral para circular pelo gramado. Assim, causava indefinição nos marcadores, já que a posição inicial indicava que o lateral-esquerdo adversário seria responsável por pará-lo. Mas como fazer isso quando D'Ale aparecia no meio, às costas dos volantes ou até do outro lado do campo?

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Jogar aberto, porém, tem seu ônus. O principal é correr atrás de laterais adversários quando apoiam. Natural que, com a idade, D'Alessandro encontrasse dificuldades para vigiá-los.

Aguirre foi inteligente ao perceber o problema, e centralizou o camisa 10 no início da temporada, fixando Sasha e Valdívia pelos lados. D'Ale se inseriu na mecânica de um time veloz, acionando com passes e lançamentos as arrancadas de Sasha, Valdívia e Nilmar.

Depois da lesão na mão, porém, Aguirre promoveu seu retorno à velha posição. O uruguaio apostou no ataque com Nilmar e Lisandro, e abriu D'Ale na direita, com Valdívia pela esquerda no meio-campo. Não deu certo.

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Dali em diante, o ano de D'Ale foi de uma frustrada busca por recuperação. Com Argel, ainda centralizado, não conseguiu voltar à melhor forma. Sem ritmo de jogo e preparo físico para se mover com intensidade, o que é essencial para que participe mais do jogo, tem sido apenas uma sombra do jogador decisivo que o torcedor acostumou-se a ver.

* ZH Esportes


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