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Recomeço

Diante do Ypiranga, Inter inicia era pós-D'Alessandro em busca de opções para substituir o argentino

Argel pode manter a estrutura que montou, mas tem alternativas para promover uma mudança na formação da equipe

06/02/2016 - 09h08min

Atualizada em: 06/02/2016 - 09h08min


André Baibich
André Baibich
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Ronaldo Bernardi / Agência RBS

E agora, Argel? O que fazer quando a principal referência do grupo de jogadores faz as malas e vai embora?

O Inter inaugura a era pós-D'Alessandro hoje, quando enfrenta o Ypiranga no Beira-Rio, às 17h, pelo Gauchão. Será o primeiro passo da busca do time por soluções para suprir a ausência do gringo.

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Uma saída para que a equipe não sinta tanto a falta do argentino pode estar nas pranchetas do comandante. Argel terá de decidir se muda a estrutura que montou quando ainda tinha o camisa 10. Veja algumas opções que o técnico tem para remontar o Inter sem D'Ale.

Com a mesma cara

Desde o fim do ano passado, Argel firmou o esquema 4-4-2, com o meio-campo formado em losango, como seu preferencial. D'Alessandro era parte importante dessa estrutura, o que não impede que o técnico queira mantê-la mesmo com sua saída.

Nesse caso, a ausência do gringo resultaria na simples entrada de Alex no time, sem qualquer outra mudança. Manteria-se o tripé à frente da área formado por Fernando Bob, Rodrigo Dourado e Anderson, e ainda haveria a opção de promover trocas de posição entre Anderson e Alex. Dependendo do momento técnico dos dois, pode ser um movimento interessante, que envolva a marcação adversária.

A desvantagem dessa alternativa é justamente a má fase dos dois articuladores. Anderson tem sido figura apagada desde que chegou ao Inter. O grande Alex de outros tempos aparece em rompantes, em um petardo ou outro de fora da área, mas desde o ano passado não tem a mesma inspiração e capacidade para decidir de suas melhores fases.

Dupla de volantes e velocidade dos lados

Se optar pela entrada de Marquinhos, Argel pode reorganizar o time em um 4-2-3-1, o que forçaria mudanças de posicionamento de algumas peças.

Rodrigo Dourado retornaria a uma posição mais próxima de sua origem. Lado a lado com Fernando Bob, poderia ajudar mais na saída de bola. Anderson - ou Alex, dependendo da opção de Argel - avançaria para ser o articulador central da linha de três meias, e o Inter ganharia velocidade com três jogadores habilidosos. Sasha, Marquinhos e Vitinho poderiam se revezar entre os dois lados do campo e a função de falso nove. Seria uma estrutura interessante para um time que se fecha mais atrás e aposta na transição rápida para surpreender o adversário. O trio de jogadores velozes daria o tom dos contra-ataques.

O problema é que, ainda assim, o Inter dependeria do rendimento de Anderson ou Alex para o time funcionar. Mesmo que um time veloz não precise tanto da figura clássica do "camisa 10", ela ainda é importante para acionar os homens de frente no início das jogadas.

Um esquema diferente

Não há somente um esquema possível a partir da entrada de Marquinhos. Além do 4-2-3-1, Argel pode montar o Inter no 4-1-4-1 com o ex-jogador do Cruzeiro.

O segredo para que essa estrutura funcione está nos jogadores centrais da segunda linha de quatro jogadores: Rodrigo Dourado e Anderson. Os dois dividiriam funções de articulação e teriam sinal verde para chegar à área. O Corinthians campeão brasileiro mostrou bem como pode funcionar a movimentação desses jogadores Elias e Renato Augusto eram decisivos na mecânica da equipe.

Outra vantagem é a manutenção do tripé de volantes quando o time não tem a bola. Os velozes jogadores de frente não precisariam retornar tanto para acompanhar os laterais adversários porque haveria proteção de Bob, Dourado e Anderson, assim como há hoje no losango. A marcação adiantada também ganharia corpo com a possibilidade de formar um "paredão" de quatro jogadores - os integrantes da segunda linha de quatro - lá na frente, "mordendo" a saída de bola do adversário.

A dificuldade principal ficaria por conta da adaptação a um esquema que o Inter pouco usou nas últimas temporadas. Os jogadores teriam de se adequar a posições diferentes em uma nova estrutura, tudo em meio à temporada e com a pressão por resultados que nunca abandona clubes grandes.

* ZH Esportes


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