Opinião
Diogo Olivier: o motivo da vitória com vaias no Beira-Rio
Alguns problemas se repetiram na vitória suada sobre o Passo Fundo
A certa altura do jogo desta quinta-feira, no Beira-Rio, desisti de ficar esperando uma mudança de rumo que indicasse boa atuação do Inter. Pode-se definir o 2 a 1 chorado como vitória preocupante. Exagero? Talvez.
Escalado corretamente no mesmo esquema que melhorou o time contra o Ypiranga, no 4-2-3-1, Dourado devolvido à linha de volantes ao lado de Fernando Bob, sem Anderson e com Marquinhos e Sasha pelos lados, Vitinho de falso 9, desta vez o rendimento foi algo alarmante.
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O Passo Fundo, bem organizado na estreia do técnico Paulo Porto, sobretudo para se defender em duas linhas de quatro, chegou a equilibrar o jogo e quase aprontou o crime nos acréscimos. Mas, mesmo jogando bem, não se pode explicar exclusivamente pelo Passo Fundo tamanha dificuldade colorada para se impor em casa.
Mudou o esquema do Inter, mas os problemas prosseguiram, e a esperança era de que houvesse correção deles para evoluir. A insistência pelos lados quase que exclusivamente, sem girar a bola por dentro, facilitou o bloqueio do Passo Fundo, tornando a ação ofensiva previsível.
É orientação da casamata. Argel tem de repensar esta estratégia. Houve exagero de bolas alçadas na área, a maioria rifadas, à espera do rebote. Sem aproximação dos jogadores, a troca de passes ficou lenta, prejudicando a mecânica da equipe. Assim: tudo terminava no cruzamento para a área, como se houvesse preguiça ou insegurança para valorizar a posse da bola e esperar o momento adequado de verticalizar o lance.
O Inter precisa mostrar sinais de evolução para dar esperanças ao seu torcedor. Na noite desta quinta-feira o que se viu foi regressão. Por isso, até vaia se ouviu mesmo na vitória sobre o lanterna do Gauchão.
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