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Opinião

Luiz Zini Pires: Inter desce a Serra com as faixas de hexa no bolso

01/05/2016 - 18h29min

Atualizada em: 01/05/2016 - 18h43min


Luiz Zini Pires
Luiz Zini Pires
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O sistema defensivo do Inter controlou o Juventude na vitória de 1 a 0, em Caxias do Sul

Um time de futebol tem a cara do seu técnico. O Inter é puro Argel, um clássico zagueiro/zagueiro dos velhos tempos, sem enfeites, só litros de suor. Sua equipe é menos tática e mais determinada. Argel é um técnico de resultados, é mais um representante da escola de Felipão.

Na Serra, na primeira partida da final do Gauchão, o Inter nunca foi tão Argel. Correu, marcou, lutou e entregou-se ao jogo com a humildade e a coragem dos campeões. Venceu o Juventude por 1 a 0, com gol de Andrigo – o que pode valer o título –, mesmo com 10 homens desde os 22 minutos do segundo tempo depois da expulsão de Vitinho. Numa jogada ridícula, irresponsável mesmo, o atacante do Inter, que serviu Andrigo no gol, trancou o adversário pelas costas depois de receber um cartão amarelo um minuto antes.

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Mais ligado do que o Grêmio, que navegava entre o Gauchão e a Libertadores, e com todos os titulares, o Inter não foi brilhante. Com Argel, nunca é. Mas sua equipe jogou o suficiente para vencer, levar uma boa vantagem para a segunda partida. Desce a Serra com a faixa do hexacampeonato, um feito, no bolso. Falta pouco para estendê-la no peito. Serve o empate, se perder por 1 a 0 ainda dá pênaltis. O Inter teve o controle da partida na maior parte dos 90 minutos.

Alisson não é Marcelo Grohe. É melhor. O goleiro da Seleção fez as grandes defesas da partida. A defesa colorada é melhor e mais segura do que a gremista no seu conjunto. Foi o sistema defensivo que garantiu a vitória. Já são cinco jogos sem sofrer gols.

O Juventude teve chances mínimas e não foi aquele time intenso e ousado que venceu o Grêmio no Alfredo Jaconi. Quando atacou, e sem muita intensidade, Alisson brilhou. Nem com 11 contra 10, o Ju conseguiu quebrar o sistema defensivo dos visitantes, mais trancado ainda. Sequer tentou ser mais ofensivo ou pressionou em busca do empate e da virada. Entregou-se ao adversário, mas reclama um pênalti de Paulão. Bola na mão, mão na bola, é sempre o lance mais polêmico do futebol. Tudo depende de interpretação. Uns árbitros marcam, outros não. Leandro Vuaden mandou o jogo andar.

O Juventude tinha um estádio ao seu lado. Falhou. Decidirá no Beira-Rio no próximo domingo, com 40 mil contra. Nem todo o mundo acredita em milagres.

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