Quanto mais eu lembro do jogo do último domingo no Beira-Rio, mais tenho certeza de que o Inter esqueceu, momentaneamente, das suas limitações. Entrou em campo com a certeza de que conseguiria vencer o Botafogo somente no peso da camisa e no grito do torcedor.

Já está mais do que comprovado que o Colorado só pode entrar em campo consciente de suas limitações técnicas, principalmente quando joga sem peças chave como Danilo Fernandes, Paulão e Vitinho. Não é um fenômeno extraterreno o fato de que o Inter não se dá bem contra times que, teoricamente, são inferiores. Isso acontece porque, normalmente, os times vêm jogar no Beira-Rio mais fechados, tomando cuidados defensivos, obrigando o Colorado a atacar. Isso, consequentemente, expõe sua maior deficiência: a armação de jogadas, o que sempre resulta em contra-ataques indigestos de seus adversários.

O Colorado carece de um jogador no meio-campo que abasteça o seu ataque. Espero que Seijas se encaixe nesse perfil. Enquanto o Inter não for organizado do meio para frente, com velocidade e um jogador que consiga pifar seus companheiros, terá, necessariamente, que jogar tomando muitos cuidados defensivos e especulando o erro do adversário.

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Volta ao pragmatismo
Foi assim em todos os jogos em que obteve bons resultados e a consequente gordura que o mantém na vice-liderança. Certamente, na partida de amanhã, contra Flamengo, no Espírito Santo, Argel terá aprendido a lição e voltará aos seu pragmatismo que tanto sucesso rendeu no início do Brasileirão.

*Diário Gáucho