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Opinião

Luiz Zini Pires: Inter insiste que crise é só culpa do trabalho de Argel Fucks

Má gestão no futebol e crise técnica dos atletas não são discutidas

27/07/2016 - 11h55min

Atualizada em: 27/07/2016 - 12h05min


Luiz Zini Pires
Luiz Zini Pires
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Anderson não encontra a posição ideal, posto no time titular e lugar no coração da torcida colorada

Quando a crise chega, toma de assalto um clube, a direção sempre escolhe uma vítima. O caminho é natural, todas as setas apontam para o treinador. Ele é a parte mais frágil dos sistema. Fica com todos os pecados, é demitido e o clube começa vida nova, mesmo atrapalhado na tabela. Tem sido assim através das décadas.

No Inter de 2016, sete meses depois do início da temporada, o alvo tem o rosto de Argel Fucks. Todos os males do time foram depositados nas costas do ex-treinador, agora no Figueirense. A má fase tem nome e sobrenome.

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Argel tem o seu naco de responsabilidade, o mesmo que o fez campeão gaúcho em maio passado. Na época, era apontado como um dos bons treinadores emergentes do país. A fama cresceu com o bom início colorado no Brasileirão.

A queda sem fim do time o derrubou, nada mais natural. Mas ninguém pode esquecer a má gestão dos homens do futebol e do presidente Vitório Piffero, o grande responsável. Ninguém destaca a má performances de alguns jogadores importantes, da carência do grupo, um dos mais frágeis desde a década passada, e das contratações equivocadas dos últimos meses.

O Beira-Rio não fez um profundo exame de consciência. Os erros se encerraram em Argel, o que é falso. O Inter de Paulo Roberto Falcão, que jogou duas vezes, uma em casa e outra fora, e alcançou um ponto, ainda não nasceu. Nada se faz em menos de duas semanas de treinamento. Exigir melhoras significativas num espaço mínimo é implorar por milagres, algo que não existe.

A imagem de Falcão se mistura no coração da torcida. Ele é ídolo, ex-jogador e agora treinador. O fã não sabe muito como agir. O idolatra no início.

No próximo domingo, às 16h, o Inter espera o Corinthians sem grandes esperanças e com uma torcida nervosa. Trocar o treinador foi apenas uma mudança. O torcedor esperava mais, algo mais radical. A crise merece.

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